30

jul

2015

Pesquisa mato-grossense tenta identificar a quantidade de carbono que cada árvore pode sequestrar

Por forest

Cinco mil árvores foram analisadas no estudo realizado na Fazenda São Nicolau

Helson França – Forest Comunicação

onf.sequestro.carbono

Estimar a taxa de variação de sequestro de carbono e identificar a mudança de biomassa de cada árvore acima do solo. Esses são alguns dos questionamentos que a mestranda Caroline Lunardelli, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), tentará esclarecer com a pesquisa que realiza.

Ela esteve presente na Fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu (944 quilômetros de Cuiabá), para a coleta de dados e maior compreensão sobre o assunto.  O estudo pode estimular o desenvolvimento de ações para minimizar os efeitos da emissão de gases tóxicos na atmosfera.

Na companhia do professor orientador Domingos Rodrigues e de graduandos do curso de Engenharia Florestal da UFMT, Lunardelli concentrou seus estudos em duas áreas devidamente recenseadas, sendo uma de floresta intacta (grade instalada na Fazenda São Nicolau) e outra de floresta explorada (grade instalada no município de Cláudia). O último censo foi feito há cinco anos.

Em 12 parcelas permanentes das áreas cinco mil árvores foram observadas. Foi verificado ainda a mortalidade, o incremento e o recrutamento, sendo este a marcação das novas árvores e também as que não se enquadravam na classe diamétrica durante o primeiro censo.

Como uma das áreas estudadas passou por processo de manejo florestal, é possível verificar a resposta da floresta ao processo aplicada, focando no papel da regeneração natural. Assim, é possível verificar qual foi a área que teve maior variação de biomassa (explorada ou intacta).

O interesse em conhecer os aspectos que envolvem a dinâmica de florestas têm sido crescente, e foi o que motivou a realização da pesquisa. As florestas tropicais exercem grande influência no balanço dos gases do efeito estufa e suas consequências para as mudanças climáticas do planeta – seja pelas emissões destes gases quando a floresta é queimada ou pelo potencial acúmulo na biomassa, quando do crescimento florestal.

Há 16 anos a Fazenda São Nicolau, sede dos Projetos Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF e Plataforma Experimental para a Gestão dos Territórios Rurais da Amazônia Legal (PETRA), serve de base para a realização de pesquisas científicas que prezam por um melhor entendimento da floresta – e também por uma maior compreensão para a conversação dos recursos naturais.

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