13

jun

2016

A maior águia do mundo recebe proteção de pesquisadores no Mato Grosso

Por forest

A sensibilização da população local para a convivência pacífica com a harpia, ameaçada de extinção, é a motivação da iniciativa coordenada pelo biólogo e mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Everton Miranda. Com o apoio logístico da ONF Brasil na Fazenda São Nicolau, na forma de alojamento e alimentação, a equipe de pesquisadores instala câmeras automáticas nos ninhos dessa espécie em árvores nos municípios de Paranaíta, Colniza, Aripuanã, Juruena, Nova Bandeirantes e Apiacás (MT) para observar e analisar o comportamento da ave.

 

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A maior águia do mundo está ameaçada (Foto: Acervo do projeto “Construindo uma estratégia para a conservação da harpia na Amazônia”)

 

O projeto “Construindo uma estratégia para a conservação da harpia na Amazônia” atua na área de fronteira entre a floresta e a expansão agrária, chamada de Arco do Desmatamento. Na região, as harpias são perseguidas por causa da predação a animais domésticos, além da sofrerem com a perda da floresta e a possibilidade de serem extintas. A ave pesa de 4,9 a 8,1 quilos e é ameaçada pelos moradores locais pois pode se tornar um predador de animais domésticos – como galinhas, leitões e cabritos – em áreas em que a floresta foi removida.

 

Primeira câmera instalada em um ninho da águia, que está colocado sobre uma castanheira (Foto: Acervo do projeto “Construindo uma estratégia para a conservação da harpia na Amazônia”)

Primeira câmera instalada em um ninho da águia, que está colocado sobre uma castanheira (Foto: Acervo do projeto “Construindo uma estratégia para a conservação da harpia na Amazônia”)

 

O registro do comportamento da ave serve para a identificação da intensidade da predação de pequenos animais e a relação entre esse comportamento e as características do ambiente. Os pesquisadores acreditam que a predação de animais domésticos esteja relacionada à redução da floresta e à ocupação humana. Além das câmeras, a equipe de pesquisadores também realiza entrevistas padronizadas com produtores locais para desenvolver métodos para evitar a predação de animais domésticos pela harpia, consequentemente evitando a violência contra a águia.

Outro objetivo dos estudos é fomentar, a partir de parcerias, o turismo de observação de aves, com o foco na harpia. A prática pode agregar valores afetivos e econômicos à preservação da espécie. De forma a estimular o contato dos agricultores, o projeto oferece uma recompensa de 500 reais para cada ninho encontrado. A contribuição da ONF Brasil é fundamental nestes momentos, pois a organização centraliza ações ambientais no Noroeste de Mato Grosso e auxilia os pesquisadores na articulação com lideranças locais para a divulgação da busca por ninhos.

O projeto possui suporte financeiro da Rufford Small Grants, Rainforest Biodiversity Group, The Explorer’s Club e Idea Wild.

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