Auditório da UFMT lotado com os participantes dos cursos de manejo e gestão florestal (Foto: ONF Brasil)

Auditório da UFMT lotado com os participantes dos cursos de manejo e gestão florestal (Foto: ONF Brasil)

 

O “10º Curso de Manejo Florestal Sustentável: Normas e Procedimentos” e o “1º Curso de Gestão Florestal”, iniciativas dos servidores da Superintendência de Gestão Florestal da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), foram realizados na semana passada no Auditório Madeirão, localizado na Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O engenheiro florestal Alan Bernardes, responsável técnico pelo manejo florestal na São Nicolau, esteve presente em todos os dias dos cursos, de 16 a 19 de maio. ” A participação nos eventos, possibilitou aprofundar meu conhecimento nos temas discutidos, o que é de grande valia para a condução das atividades da fazenda”, explicou Alan.

O objetivo principal da formação foi compartilhar com estudantes, pesquisadores, profissionais e  demais interessados, informações sobre as rotinas técnicas do órgão ambiental. O foco principal foi o procedimento de análise dos projetos de Plano de Manejo Florestal Sustentável. Os participantes também debateram formas de aprimorar o sistema de gestão dos processos examinados pelo órgão.

A discussão envolveu inclusive analistas ambientais das Secretarias de outros estados: Acre, Rondônia e Roraima. Entre os tópicos apresentados, estavam a legislação do setor florestal, as geotecnologias aplicadas em florestas, os inventários amostral e censitário, a exploração de produtos florestais madeiráveis e não madeiráveis, o transporte, o combate a incêndios florestais e as rotinas de controle – como as vistorias de campo, emissões de guias e fiscalização realizada pela Sema, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público.  O setor empresarial também levantou temas ligado à cultura da Teca e Eucaliptos, com seus entraves e perspectivas para um maior desenvolvimento do setor no estado de Mato Grosso.

Segundo Marcos Antônio Camargo Ferreira, coordenador do evento, cerca de 30 palestras foram ministradas por mestres e doutores de cada área, resultando em uma grande contribuição para a conservação e a sustentabilidade dos ecossistemas naturais do estado. O objetivo da ONF Brasil, ao apoiar a participação de Alan na capacitação, foi estimular o manejo florestal responsável na São Nicolau. A perspectiva é de implementar o plano de manejo de Teca e floresta nativa ano que vem. Além do mais, de uma forma contínua já é realizado um trabalho com os coletores de castanha-do-Brasil na São Nicolau. Os conhecimentos acumulados por Alan devem aperfeiçoar as práticas sustentáveis na fazenda.

 

*Com informações da Sema-MT e Mato Grosso Econômico.

 

Veja mais fotos:

10o Curso de Manejo Florestal Sustentável 4

10o Curso de Manejo Florestal Sustentável 3

10o Curso de Manejo Florestal Sustentável 2

2016_12_15_seminario_saf

Foto: Paulo de Araujo/MMA

 

O Ministério do Meio Ambiente vai ajudar agricultores, comunidades tradicionais, municípios e estados a plantar florestas de forma sustentável e próspera. O compromisso foi firmado pelo ministro Sarney Filho, nesta quinta-feira (15/12), na abertura do seminário Novos Métodos para Exploração do Sistema Agroflorestal Sucessional.

Com o tema Produção e Recuperação – Nova Agenda: Oportunidades e Desafios, o evento foi realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília, parceria das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR).

“A sociedade brasileira está tomando consciência de que a cobertura vegetal nativa, conservada e recuperada, é essencial à disponibilidade e regularidade de chuvas e à manutenção de mananciais necessários para a produção rural e industrial”, disse Sarney Filho.

Ações

Ainda de acordo com o ministro, o país vive um momento único para possibilitar o cultivo de espécies nativas juntamente com espécies de produção agrícola e de rápido crescimento, devido à oportunidade de regularização ambiental dos imóveis.

Sarney Filho disse que o MMA tem empreendido diversas ações de capacitação, mobilização e articulação para prover apoio técnico, financeiro e de execução da regularização ambiental dos imóveis rurais, apoiando o setor produtivo primário a ampliar mercados.

“No que se refere à competência do Executivo, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), está concluído, disponibilizado e já foi enviado aos estados. Cabe a eles implantar o Programa de Regularização Ambiental (PRA) para que a gente possa fazer com que o que há de bom no novo Código Florestal possa ser cumprido. Tenho certeza de que, no que depender do MMA, todos os instrumentos e recursos necessários para que esse sistema possa entrar em vigor o quanto antes, serão realizados”, assinalou.

Sarney Filho destacou que o uso de sistemas agroflorestais está previsto no novo Código Florestal para a proteção da vegetação nativa em áreas de preservação permanente (APPs), reserva legal e para recuperação da cobertura vegetal nativa e de suas funções ecossistêmicas, com programas e linhas de financiamento específicos.

Durante o seminário, o ministro esclareceu, ainda, a informação de que o Ministério teria disponibilizado na Internet dados sigilosos relacionados ao CAR. “A verdade dos fatos é que tão logo o Cadastro foi concluído, como determina a Lei, os dados foram publicados e enviados aos estados. Mas em momento nenhum eu autorizei o que não é permitido legalmente. Sobre esse tipo de informação, fizemos uma consulta à Controladoria Geral da União e aguardamos o parecer do órgão”, explicou.

Fonte de Renda

O ministro disse que assim como o manejo sustentável da vegetação florestal nativa, os sistemas agroflorestais promovem a recuperação das funções das Áreas de Preservação Permanente e de reservas legais e contribuem para as estratégias de conservação da biodiversidade.

“Trata-se, ainda, de importante alternativa de fonte de renda para agricultores e comunidades tradicionais. Muitas experiências pelo Brasil mostram o êxito do sistema, tanto no tocante à produtividade, quanto à qualidade e diversidade de produtos”, afirmou.

Em 2016, o MMA, por meio do Serviço Florestal Brasileiro, promoveu dois cursos práticos presenciais na Amazônia (em Santarém, no Pará; e em Porto Velho, em Rondônia) com os temas “Negócios Florestais” e “Silvicultura Tropical”, abordando técnicas de produção e comercialização de produtos de florestas nativas e agroflorestas.

Recomposição Florestal

Entre 2017 e 2018, será realizado um curso para a América Latina, na modalidade de ensino a distância, sobre sistemas agroflorestais em ambientes de florestas tropicais. Também no próximo ano, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, em parceria com o Governo do Distrito Federal, lançará edital para seleção de projetos de recomposição florestal no DF.

Também está prevista a instalação de quatro centros de desenvolvimento florestal sustentável no país, de maneira a fomentar a cadeia produtiva de silvicultura tropical, recuperação de áreas alteradas e degradadas, e produção agroflorestal, com cooperação financeira internacional.

Em 2016, o MMA elaborou, apoiou e divulgou publicações sobre o tema, entre os quais, o Guia de Financiamento Florestal e o Panorama dos Fundos Ambientais Estaduais.

Referência

O seminário atendeu a requerimentos dos deputados Evair Vieira de Melo (PV-ES) e Zé Silva (SD/MG). Três painéis discutiram os temas Sistema Agroflorestal Sucessional – Na visão do setor público em nível estadual; experiências exitosas e; a visão do setor público em nível federal.

Participaram pesquisadores, proprietários rurais, representantes de órgãos estaduais de terra e de Ministérios. O cientista Ernest Götsch, pesquisador do Método conhecido como Agricultura Sintrópica foi um dos palestrantes.

Para Sarney Filho, a experiência de Götsch com sistemas agroflorestais é referência para o que deve ser feito nos próximos anos, para cumprimento das metas ambientais brasileiras. “O modelo sucessional, proposto e executado por ele, respeita os ritmos da natureza, revelando, assim, seu assombroso potencial”.

Fonte: Serviço Florestal Brasileiro

O relatório apresenta dados sobre o mapeamento das florestas públicas, o andamento das concessões florestais federais, os recursos aplicados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal e sobre o Inventário Florestal Nacional

 

Capa do Relatório de Gestão de Florestas Públicas 2015

Capa do Relatório de Gestão de Florestas Públicas 2015

 

O Relatório de Gestão de Florestas Públicas traz as principais ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) na busca por promover o uso econômico e sustentável das florestas a cada ano. Em 2015, a instituição passou por importantes mudanças. O SFB assumiu a implementação do novo Código Florestal e a gestão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e segue com a busca permanente pela melhoria da gestão dos processos que ampliam sua capacidade de gerar resultados concretos.

No documento, são apresentados os avanços nos processos de concessões florestais federais, dados do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP), informações sobre a aplicação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e sobre o Inventário Florestal Nacional (IFN), no decorrer do ano passado.

De acordo informações do CNFP apresentadas no Relatório, o Brasil possui mais de 310 milhões de hectares de florestas públicas, o que corresponde a cerca de 37% do território nacional. O relatório vem disponibilizando para o público uma plataforma de consulta e pesquisa ágil e eficiente, tornando o Cadastro algo concreto e fácil para todos.

O Relatório de 2015 também apresenta os avanços nos processos de concessões das florestas públicas federais, com destaque para a publicação do edital de concessão para a Floresta Nacional de Caxiuanã com 176.600 hectares, no Pará. Outro avanço foi a assinatura de quatro contratos de concessão na Flona de Altamira (PA). Em 2015, houve ainda a ampliação da produção nas Flonas de Jacundá, Jamari (RO) e Saracá-Taquera (PA).

Segundo o diretor-geral do SFB, Raimundo Deusdará, em 2015, “o Serviço Florestal Brasileiro avançou na consolidação de suas principais ferramentas de gestão de florestas públicas, fortalecendo sua capacidade de ação e melhoria de seus processos, o que vem garantindo segurança técnica e jurídica para a ampliação gradual da escala de sua atuação.”

Parte das arrecadações obtidas através das concessões é destinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal(FNDF). Em 2015, o FNDF executou R$ 2,8 milhões relativos a projetos selecionados em 2012 e 2013 e que ainda se encontravam vigentes. Foram contratadas ainda cinco instituições para a execução de 55 mil Cadastros Ambientais Rurais na região do semiárido brasileiro, totalizando um investimento de R$ 9 milhões.
O Inventário Florestal Nacional (IFN) continuou sua fase de coleta de informações em 2015, com processos bem definidos e céleres. Até 2015, já foi inventariada uma área de cerca de 148 milhões de hectares, que equivalem a aproximadamente 17% do território nacional. Além disso, em 2015 foi iniciado o segundo lote de coletas de informações em três estados: Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

Segundo o Gerente Executivo de Concessões Florestais do SFB, Henrique Dolabella, o Relatório de Gestão das Florestas Públicas vai além de atender apenas um comando legal. Ele é um instrumento fundamental para cultivar e fortalecer os valores de transparência, cooperação, participação social e construção conjunta com a sociedade de melhores políticas para o setor florestal.

Baixe o documento completo: Gestão de Florestas Públicas – Relatório 2015

Fonte: Serviço Florestal Brasileiro