Além de promover a preservação do meio ambiente, o reflorestamento também é importante ao produtor rural, tanto no viés econômico, quanto na prática da sustentabilidade.

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Foto: BioBlog.

As iniciativas de reflorestamento têm sido essenciais para promover a redução do gás carbônico (CO2) na atmosfera e, consequentemente, evitar a intensificação do efeito estufa. Isso porque a redução do CO2 ocorre devido à fotossíntese realizada pelas árvores, a qual permite que o carbono fixe na biomassa do solo e do vegetal. À medida que a árvore vai se desenvolvendo, o carbono passa a integrar as folhas, troncos, galhos e raízes. Em torno de 50% da biomassa vegetal é feita de carbono. Para se ter ideia, a Floresta Amazônica detém em média 140 toneladas de carbono por hectare.

Mundialmente, o reflorestamento torna-se essencial para minimizar as alterações climáticas e aumentar os recursos hídricos. De forma pontual, há uma categoria que pode usufruir de diversos benefícios ao promover o reflorestamento: os produtores rurais. As vantagens englobam questões econômicas e de sustentabilidade.

Vantagens econômicas do processo de reflorestamento

Pelo viés econômico, reflorestar reflete em ganhos ao produtor rural e não é preciso dispor de muita mão de obra para colocar em prática essa iniciativa que ajuda a embelezar a paisagem da propriedade e valorizar o imóvel. Muitos produtores veem essa alternativa como uma forma de “guardar economias”, isso porque quando necessário é possível comercializar as árvores, depois replantá-las e realizar esse processo de forma sucessiva.

Reflorestar também permite que a propriedade rural fique autossuficiente para a necessidade de madeira. Tendo madeira à disposição é possível dar origem a currais, realizar construções abertas e ter lenha disponível em tempo integral, tudo isso com matéria-prima obtida na propriedade.

Vantagens do processo de reflorestamento ligadas à sustentabilidade

Geralmente as espécies usadas para o reflorestamento se desenvolvem num curto período de tempo, abrindo possibilidade para que elas sejam uma opção de matéria-prima de baixo custo para os produtores rurais. Reflorestar também permite aproveitar as áreas marginais, combater a erosão do solo, maximizar o desempenho das bacias hidrográficas e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental negativo que as culturas tradicionais de plantação geram ao solo.

Soluções biológicas

Essa mesma linha de preocupação ambiental levou a Novozymes, líder mundial no segmento de enzimas industriais e bioinovação, a participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) de forma ativa, integrando as discussões de políticas públicas e de soluções para serem colocadas em prática ao longo das próximas décadas, envolvendo a promoção da economia verde. A Novozymes vem trabalhando incessantemente na formulação de alternativas renováveis para substituir o uso de produtos químicos que tem origem fóssil.

Fonte: BioBlog.

Participação global na matriz deve subir 42%, superando previsão anterior, diz Agência Internacional
de Energia; crescimento, porém, ainda não está alinhado com meta do Acordo de Paris

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Foto: Leaflet/ Wikimedia/ Creative Commons.

A AIE (Agência Internacional de Energia) afirmou nesta terça-feira (25) que o crescimento de energias renováveis irá superar significativamente as previsões anteriores para os próximos cinco anos: as fontes renováveis seguirão com o maior crescimento em geração de eletricidade, com uma participação que deve evoluir de 23% em 2015 para 28% em 2021. Em 2015, elas ultrapassaram o carvão como maior fonte de capacidade instalada no planeta.

A capacidade global em energia renovável (que inclui geração de eletricidade, transportes e aquecimento) deverá subir em 42%, ou 825 gigawatts, durante o período, números 13% maiores do que os estimados pela própria agência em 2015. No ano passado, foram 153 gigawatts gerados, valor maior que a capacidade total instalada do Canadá. A maior parte veio de energia solar e eólica. Em 2015, duas turbinas eólicas foram instaladas por hora apenas na China.

Em seu relatório de médio prazo do mercado de energia, a agência estima que, durante o período, as renováveis devem responder por mais de 60% da energia elétrica adicional instalada globalmente, com níveis diferenciados de acordo com o local. Em nações mais desenvolvidas, a tendência é que os aumentos nessa geração sejam maiores do que o crescimento da demanda por energia, o que contribui para a descarbonização do setor no Reino Unido e EUA, por exemplo. A líder global da expansão, porém, continuará sendo a China, que representa aproximados 40% do crescimento, devido a preocupações com a poluição do ar além da questão climática. Em 2015, foram instaladas duas turbinas eólicas por hora no país.

O aumento da taxa esperada de crescimento se dá especialmente por políticas públicas nos Estados Unidos, China, India e México e a uma queda nos custos, que devem diminuir em 25% para a energia solar e 15% para energia eólica em terra. A tendência de queda é explicada pelo avanço da tecnologia, melhores condições de financiamento e a expansão para novos mercados de recursos renováveis. “Estamos testemunhando uma transformação de mercado global e, como em outros campos, o centro de crescimento dos renováveis está migrando para mercados emergentes”, afirmou o diretor-executivo da Agência, Faith Birol.

A agência afirma que o crescimento das renováveis no setor de eletricidade, especialmente a solar fotovoltaica e a eólica, está em linha com as metas climáticas submetidas pelos países no Acordo de Paris. No entanto, esse crescimento ainda não basta para alinhar o mundo com o objetivo global de estabilizar o aquecimento global em menos de 2oC neste século.

“Manter o aumento de temperatura bastante abaixo dos 2ºC exigirá mais políticas para descarbonização e reforço dos recursos renováveis nos três setores: aquecimento, transporte e energia”, aponta o relatório. Especificamente no setor elétrico, medidas adicionais de redução de custos de financiamento em mercados como Brasil, China, EUA, Índia e União Europeia poderiam aumentar em 29% a capacidade de crescimento prevista para o período até 2021, aponta o estudo. No Brasil, as condições macroeconômicas deterioradas são apontadas como principal limitante à aceleração das renováveis.

Para os biocombustíveis, outro setor que interessa ao Brasil, a projeção até 2021 é pouco otimista: sua participação no setor de transportes deve oscilar marginalmente, de 3% em 2015 para 4% em 2021. Em parte, isso se deve à queda do preço do petróleo, que reduziu a atratividade desses combustíveis.

Fonte: Camila Faria/ Observatório do Clima.

Mudas do projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF (Foto: Thiago Foresti/ Forest Comunicação)

Mudas do projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF (Foto: Thiago Foresti/ Forest Comunicação)

 

No início dos anos 2000, quatro projetos-piloto de compensação de emissão de carbono foram analisados para verificar os benefícios gerados ao desenvolvimento sustentável local. Localizadas na América Latina, as iniciativas escolhidas foram o projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF, o Projeto Plantar, o Projeto de Captura de Carbono da Ilha do Bananal e o Projeto Noel Kempff Mercado – Climate Action. Em estágio inicial, com até 5 anos de execução, as três primeiras ações foram implementadas no Brasil (Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins) e a última, na Bolívia (Santa Cruz).

O grupo que conduziu o estudo foi formado por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Universidade de Anglia do Leste (Reino Unido), da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná e The Nature Conservancy. A equipe realizou 100 entrevistas de 2001 a 2002 e comparou os objetivos pretendidos dos projetos com os benefícios efetivos – na área ambiental, social e econômica.

Os empreendimentos se configuram como Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), previstos pelo Protocolo de Quioto (assinado em 1997). De acordo com as características do MDL, os países desenvolvidos podem alcançar os seus compromissos de redução de emissões de gases poluentes a partir da compra de créditos de carbono de projetos executados em países em desenvolvimento. Contudo, a revisão bibliográfica realizada pelos pesquisadores identificou a recorrência de desafios para garantir a participação das comunidades envolvidas nas ações, como também assegurar a distribuição justa dos benefícios e a resposta às demandas de grupos locais em situação de vulnerabilidade.

Dentre os projetos analisados, esteve o Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF, que se volta para o reflorestamento e a recuperação de área degradada no Arco do Desmatamento no Noroeste de Mato Grosso. A expectativa inicial era de capturar 2 milhões de toneladas de carbono em 40 anos, reestimada para 1 milhão de toneladas de CO2 em 40 anos – hoje os dados comprovam uma absorção superior a 550.000 toneladas de CO2 em 16 anos do projeto. Por sua vez, o Plantar, em Minas Gerais, produz “ferro-gusa verde” para a indústria do aço com a previsão de evitar 12.88 milhões de toneladas em 28 anos. Em Tocantins, o Projeto de Captura de Carbono da Ilha do Bananal (Tocantins) promove a consciência ambiental e a distribuição de mudas com a meta inicial de compensar 65 milhões de toneladas de carbono em 30 anos (reduzida para 25 milhões de toneladas em 25 anos). Por fim, na Bolívia, a intenção do Noel Kempff Mercado – Climate Action é evitar o desmatamento com a conservação florestal. A proposta era de compensação de 14 milhões de toneladas de carbono em 30 anos (alterada para 7 milhões).

Os pesquisadores apontaram algumas recomendações a partir da análise dos projetos e do aprendizado gerado – como a criação de um órgão consultivo para o Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF, o Comitê Científico e Técnico. O grupo de estudiosos sugere aos executores o exercício de antecipar os riscos das iniciativas, compreendendo o contexto histórico e político local. Associados aos programas de educação ambiental, há a orientação pela adoção de práticas de treinamento e assistência técnica. Além disso, os estudiosos enfatizaram que os acordos interinstitucionais são essenciais para definir as responsabilidades compartilhadas e a transparência das ações.

As recomendações aplicadas à iniciativa de Mato Grosso

Hoje, passados 17 anos, o Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF serve como um exemplo vivo de como essas sugestões foram bem acertadas. Tendo implementado todas as orientações dos pesquisadores, o Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF conta, há 15 anos, com um Comitê Científico e Técnico, que tem sido instrumental para guiar a boa condução das práticas no campo e das pesquisas acadêmicas desenvolvidas na Fazenda São Nicolau.

Outra iniciativa bem-sucedida e que acumula também 15 anos de experiência foi o Programa de Educação Ambiental. As ações do programa têm sido determinantes para aproximar a população local das questões ambientais e incentivar as novas gerações a terem uma relação menos destrutiva com a natureza. Mais de 8000 pessoas participaram das atividades educativas ao longo dos anos.

Além disso, a aproximação com a comunidade ocorreu a partir do apoio técnico ofertado aos moradores do entorno. Essa contribuição começou com o incentivo à coleta e à comercialização da Castanha do Brasil, o suporte à criação de uma cooperativa e a assistência técnica na implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Por fim, essas ações culminaram na criação do Projeto Plataforma Experimental para gestão dos Territórios Rurais da Amazônia Legal (PETRA) em 2012.

Em termos de cooperação e acordos interinstitucionais, muitos foram feitos com diversas universidades, como por exemplo, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Da parceria com a UFMT, mais de 40 artigos científicos já foram publicados entre as várias dissertações de mestrado e teses de doutorados conduzidas na Fazenda São Nicolau. Ao menos, duas novas espécies foram descritas pela primeira vez!

 

Referência bibliográfica:

May, P., Boyd, E., Chang, M., & Veiga, F. C. (2013). Incorporando o desenvolvimento sustentável aos projetos de carbono florestal no Brasil e na Bolívia. Estudos Sociedade e Agricultura, 1.

 

Imagem: site do VIII Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável

Imagem: site do VIII Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável

 

Pesquisadores e estudantes têm até o dia 30 de agosto para submeter trabalhos ao VIII Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável (Simbras). O evento será realizado de 6 a 8 de outubro na Universidade Federal de Mato Grosso – campus Sinop (MT).

O Simbras ocorrerá em conjunto com a 5º Conferência Internacional em Sustentabilidade e Agricultura. Com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para Desenvolvimento Sustentável das Novas Fronteiras Agrícolas”, os eventos buscam reunir a comunidade científica e o setor produtivo para discutir e transferir tecnologias para serem utilizadas no campo.

Os resumos submetidos deverão ser inéditos e devem pertencer a um dos seguintes temas: Aquicultura; Agricultura Familiar; Agroecologia; Agronegócio; Educação do Campo; Ciência, Tecnologia e Inovação; Associativismo, Economia Solidária e Cooperativismo; Economia; Entomologia; Ensino e Extensão; Fitopatologia; Floresta; Forragicultura; Meio Ambiente; Mudanças Climáticas; Políticas Públicas; Produção Animal; Produção Vegetal; Recursos Naturais; Solos e Urbanização.

Para submeter trabalho é preciso estar inscrito no evento e ter pago a taxa de inscrição. Cada participante poderá inscrever no máximo três trabalhos como autor principal. Há ainda um limite de seis autores por resumo. Todas as informações sobre a submissão podem ser conferidas no site do evento, que é owww.simbras-as.com.br.

Inscrições

As inscrições para o Simbras já podem ser feitas pelo site do evento e terão um preço diferenciado até o dia 5 de setembro. Os valores variam de acordo com a ocupação do participante e se irá acompanhar somente a programação de palestras ou se participará de algum minicurso.

Programação

A programação do Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável terá 18 palestras e sete minicursos. Entre os palestrantes estão pesquisadores brasileiros e norte-americanos de instituições como UFMT, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Maine, Universidade da Flórida e Embrapa.

Os minicursos ofertados pelo evento terão carga horária de 4 a 20 horas e terão como temas redação científica, análise de ensaios experimentais no ambiente R, ferramentas logísticas para decisões de cargas florestais, captação de recursos para projetos de pesquisa, melhorando sistemas sustentáveis de alimentação, teoria e prática de sistemas sustentáveis de agricultura e comunicação científica para não cientistas.

Toda a programação pode ser acessada no site www.simbras-as.com.br.

O Simpósio é realizado pela UFMT, UFV e Embrapa. Conta com apoio da Fapemat e da Capes.

Fonte: Gabriel Faria (Embrapa Agrossilvipastoril)

Conselheiros fizeram o exercício de encontrar as prioridades socioambientais locais (Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV)

Conselheiros fizeram o exercício de encontrar as prioridades socioambientais locais (Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV)

 

O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Cotriguaçu, Mato Grosso, em oficina de trabalho realizada no dia 27 de julho, definiu quais os temas de projetos deverão apresentar como prioridade para recebimento, pela primeira vez, de recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fumdema), no ano de 2017, que hoje está na casa de R$ 80 mil. O documento deverá ser encaminhado ao executivo, que submeterá o documento à Câmara Municipal, neste ano, para que possa ser aprovada a liberação da verba. O destaque ficou para o incentivo ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que visa remunerar proprietários de terras pela conservação ambiental.

Também foram considerados importantes projetos que envolvam a juventude em atividades em viveiros por meio de bolsas de estudo, adicionando o componente de pesquisas de instituições de ensino universitário, além de capacitações e produção de identidade visual e formação de incubadoras que beneficiem grupos de cadeias socioprodutivas locais, como da castanha e do babaçu.

Os eixos que são considerados prioritários atualmente pelos conselheiros são o fortalecimento das cadeias socioprodutivas, o incentivo a ações de organizações sociais e a proteção de áreas protegidas, a prevenção e controle de queimadas e de desmatamento, a educação ambiental, a restauração de recursos naturais e o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

A consultora Luiza Muccillo, advogada especializada em Direito Ambiental, contratada pelo Instituto Centro de Vida (ICV), orientou a atividade, que já encerra um ciclo de três oficinas realizadas com os conselheiros. Nas fases anteriores, desde outubro de 2015, foram tratados temas como linhas de ação do Fumdema, planejamento e processos seletivos e de captação.

A iniciativa integra a programação do Projeto Cotriguaçu Sempre Verde, que busca consolidar uma nova trajetória de desenvolvimento municipal, pautada na construção de soluções sustentáveis de produção e governança socioambiental. O projeto iniciado em 2011 tem o apoio do Fundo Vale.

Fonte: Sucena Shkrada Resk – ICV

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Em oito municípios do Norte e Noroeste do Mato Grosso – Apiacás, Carlinda, Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Paranaíta, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte -, começa, no mês de agosto, uma iniciativa da sociedade civil com apoio do terceiro setor, de cunho apartidário, que visa facilitar o empoderamento e monitoramento social da gestão da política pública local nas áreas socioambiental e econômica. Para isso, serão realizadas oficinas com representantes da sociedade civil, nas quais eles formularão uma carta de propostas de políticas públicas no setor a ser apresentada para os candidatos a prefeito de seus municípios, que visem uma agenda e um conjunto de metas a fim de oferecer melhor desenvolvimento local. A mobilização foi batizada de Movimento Municípios Sustentáveis e começará no dia 2, na Câmara Municipal de Paranaíta, que cedeu o espaço para a atividade, das 14h às 18h. A segunda oficina ocorrerá em Nova Monte Verde, das 8h às 12h, também na Câmara. Os interessados em participar podem ir diretamente ao local, no dia da atividade.

A experiência desse modelo de gestão participativa já tem obtido bons resultados em outras localidades do país, como na Rede Nossa São Paulo, que integra o Programa Cidades Sustentáveis, e o Movimento Ficha Verde, no Amazonas.

“Uma campanha como esta tem o poder de despertar na sociedade, a participação cidadã de discutir o município, indicando os problemas e soluções, além de acompanhar e monitorar o papel da gestão pública nestas questões”, explica Irene Duarte, coordenadora da Iniciativa de Municípios Sustentáveis do Instituto Centro de Vida (ICV), que está disponibilizando equipe técnica para a realização das oficinas.

Após esta etapa, um grupo de trabalho instituído pelos integrantes da oficina ficará responsável pela entrega da carta e acompanhamento do retorno dos candidatos. O candidato eleito, no prazo de noventa dias após a posse, deverá apresentar seu plano de ação para o cumprimento das propostas e se comprometerá a colocar as metas na lei orgânica do município. A sociedade civil, por sua vez, deverá lançar um observatório local de monitoramento para acompanhar as execuções das ações, pois as oficinas são apoiadas por representantes de conselhos municipais.

A mobilização ao mesmo tempo tem o objetivo de construir um plano de governo participativo, no qual será fiscalizado pela sociedade civil para que os governantes cumpram e aprimorem o que já está nos planos de metas dos municípios, que tiveram o apoio da própria sociedade civil, por meio dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDR), no Programa Mato-Grossense de Municípios Sustentáveis (PMS). E que façam sentido com as políticas públicas estaduais constantes na Estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), apresentada pelo Governo, na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 21), no final do ano passado, de acordo com Irene Duarte. “Essa é uma ação necessária para acabar com a descontinuidade dos processos políticos, que engessa o desenvolvimento local”, diz.

As ações e programação de agendas de oficinas podem ser conferidas no hotsite da mobilização www.movimentomunicipiossustentaveismt.wordpress.com.

Fonte: ICV