Organização Meteorológica Mundial afirma que este ano tem 95% de chance de ser o mais quente da história e que cumprir meta de 1,5oC do Acordo de Paris exigirá esforço “dramático”.

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Foto: Tpsdave/ Pixabay/ Domínio Público.

O aquecimento da Terra nos primeiros nove meses de 2016 chegou a cerca de 1,2oC acima da média pré-industrial e há hoje 95% de chance de que o ano termine batendo o recorde absoluto de mais quente desde o início dos registros.

O recado vem da Organização Meteorológica Mundial, que lançou nesta segunda-feira na COP22, em Marrakesh, seu balanço anual preliminar O Estado do Clima.

Segundo o documento, as temperaturas globais entre janeiro e setembro foram 0,88oC mais altas que a média do período 1961-1990, e cerca de 1,2oC maiores que a média pré-industrial. Em 2015, o planeta atingiu 1oC acima da média pré-industrial. Em algumas regiões do Ártico russo, as temperaturas chegaram a 7oC acima da média.

Recordes de eventos extremos foram batidos novamente ao longo de todo o ano: no verão, uma localidade no Kuwait atingiu 54oC, a temperatura mais alta já registrada na Ásia; a Tailândia bateu seu recorde absoluto, com 44,6oC; furacões atingiram o Sudeste Asiático, as ilhas do Pacífico, a Coreia do Norte e o Caribe, com o furacão Matthew encabeçando a lista das tempestades mais letais: 546 mortos no Haiti. A única porção de terra do mundo com temperaturas abaixo da média neste ano foi uma região entre o norte da Argentina, o Paraguai e a Bolívia.

Um relatório do Banco Mundial lançado também nesta segunda-feira em Marrakesh dá uma dimensão dos impactos desses extremos: segundo o banco, o prejuízo causado por desastres naturais no mundo tem sido subestimado em 60%: as perdas em consumo chegam a US$ 520 bilhões 26 milhões de pessoas são empurradas para a pobreza todos os anos.

ALTA VELOCIDADE

O salto de 0,2oC em apenas um ano é uma mudança de marcha desde o início das medições globais com termômetros, em 1880. Daquela época até 2012, o planeta aqueceu 0,85oC e, de 2012 a 2015, 0,15oC.

De acordo com o secretário-executivo da OMM, Petteri Talaas, a tendência atual de aquecimento foi turbinada pelo forte El Niño de 2015/2016, que além de elevar a temperatura dos mares causou uma série de outras perturbações nos ecossistemas que ajudaram a impulsionar ainda mais a subida do termômetro global. Alguns desses fenômenos, como os megaincêndios florestais do Canadá deste ano, ainda mantiveram as emissões de CO2 em alta, mesmo com uma estabilização no setor de energia em 2015.

As temperaturas seguem elevadas mesmo nos últimos meses, com a reversão do El Niño para La Niña, quando as águas do Oceano Pacífico resfriam. “É provável que a temperatura não seja tão alta no ano que vem”, disse Maxx Dilley, chefe de Previsão de Clima e Adaptação da OMM. No entanto, prosseguiu, “a mudança está acontecendo muito mais rápido que a capacidade do processo de acompanhar”.

O “processo” a que Dilley se referiu é o Acordo de Paris, o único mecanismo internacional já proposto para enfrentar a mudança do clima. O acordo está tendo os detalhes de sua implementação rascunhados na COP de Marrakesh, que entra em sua fase decisiva nesta terça-feira, com a chegada de ministros de 196 nações.

Paris estabelece que o mundo precisa estabilizar o aquecimento da Terra em bem menos de 2oC em relação à era pré-industrial e fazer esforços para limitá-lo a 1,5oC.

Na hipótese de os próximos anos repetirem o salto de temperatura de 2016, o limite de 1,5oC terá sido ultrapassado em 2018. A chance de isso acontecer é muito baixa, mas a série de recordes de extremos climáticos deste ano ajuda a pôr em perspectiva a dificuldade que o mundo terá de cumprir a meta.

Falando a jornalistas nesta segunda-feira em Marrakesh, o finlandês Petteri Talaas praticamente descartou que seja possível evitar a ultrapassagem da meta de 1,5oC sem recorrer a tecnologias de emissão negativa – ou seja, de captura ativa de carbono da atmosfera.

“[A meta de 1,5oC] ainda é factível, mas precisaremos de um declínio muito dramático nas emissões ao longo dos próximos anos, e a questão passa a ser quão preparados os países estão para gerenciar esse declínio.”

Talaas recusou-se a comentar o impacto que a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA terá sobre as metas de Paris e a tendência de aquecimento. No fim de semana, relatos na imprensa internacional afirmaram que Trump quer retirar os EUA do Acordo de Paris, como prometeu na campanha, da forma mais rápida possível.

BALANÇO DE CARBONO

A única boa notícia da manhã de segunda-feira em Marrakesh foi dada pelos pesquisadores do Global Carbon Budget Project, ligado à Universidade de East Anglia, no Reino Unido.

Eles afirmaram que as emissões de CO2 por queima de combustíveis fósseis em 2016 devem ficar estagnadas pelo terceiro ano consecutivo.

A redução no uso de carvão mineral para geração de eletricidade nos EUA e na China estão entre os principais fatores da redução. No entanto, alertou a equipe britânica, as emissões por mudanças de uso da terra continuaram altas, o que fez com que a concentração de gases-estufa na atmosfera aumentasse. Desmatamento na Indonésia (cujas florestas contêm muito mais carbono que as da Amazônia) e incêndios florestais no Canadá estão entre as causas do crescimento.

Fonte: Claudio Angelo e Camila Faria/ Observatório do Clima.

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Imagem: Pixabay

 

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicou o documento-base sobre a elaboração da estratégia nacional de implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) do Brasil, no contexto do Acordo de Paris.

Entidades interessadas em comentar o texto, têm do dia 16 de dezembro até março de 2017, para preencher o formulário e enviá-lo ao endereço eletrônico ndcdobrasil@mma.gov.br. As contribuições serão repassadas ao Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e às Câmaras Temáticas, no processo de Diálogos Estruturados.

Elaborado no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica entre o MMA e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o documento-base tem por finalidade subsidiar os diálogos estruturados que o Ministério promoverá em 2017, com o apoio do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, para a elaboração da NDC do Brasil.

Para a elaboração do texto foram consideradas áreas temáticas derivadas da NDC, contemplando biocombustíveis, florestas, agropecuária, indústria, transportes e setor elétrico.

ESTIMATIVA

Segundo o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Everton Lucero, o documento vai balizar as discussões com vistas à elaboração da Estratégia Nacional de implementação e Financiamento da NDC. “Trata-se de um relevante ponto de partida para o debate com a sociedade”, disse.

A estimativa é que a promoção das ações previstas necessite de uma mobilização de recursos entre R$ 890 bilhões e R$ 950 bilhões de Reais até 2030. “Ainda que seja uma estimativa muito preliminar, os valores demonstram a ordem de grandeza que deve ser considerada para o cumprimento das metas brasileiras”, completa Lucero.

De acordo com ele, a projeção reforça a necessidade de reorientação do projeto de desenvolvimento nacional com vistas à consolidação de uma economia de baixo carbono no longo prazo.

Fonte: MMA

Encontro promovido pelo Brasil na COP 22 discute medidas de desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.

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Foto: Gilberto Soares/ MMA

O Brasil vai se alinhar com o setor produtivo para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. O governo federal reuniu-se nesta quarta-feira (16/11) com representantes da iniciativa privada e da sociedade civil para discutir o assunto em evento paralelo na programação oficial da 22ª Conferência das Partes (COP 22), em Marrakesh, Marrocos. O encontro teve o objetivo de fomentar a cooperação entre os setores para conter a temperatura média do planeta.

Chefe da delegação brasileira em Marrakesh, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou que o país está entre os mais atuantes frente à mudança do clima e declarou que a intenção é aumentar a ambição. “Vamos superar as nossas metas de forma aliada à geração de emprego e renda”, afirmou. Segundo ele, a cooperação com o empresariado e os fundos internacionais será fundamental. “Precisamos de ideias criativas para mobilizar recursos”, acrescentou.

TENDÊNCIA

O encontro promovido pelo Brasil discutiu mecanismos financeiros no contexto do Acordo de Paris, pacto concluído no ano passado para frear o aquecimento global. No debate, foram apresentadas soluções capazes de conferir, de maneira positiva, valor aos esforços setoriais de corte de emissões. “É preciso transformar a descarbonização em uma tendência econômica”, defendeu o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Alfredo Sirkis.

O custeio de medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa está entre os principais assuntos em pauta na COP 22. “O financiamento é uma grande questão, mas há oportunidades”, afirmou a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. Em relação ao tema, a entidade lançou um estudo sobre os chamados mecanismos de precificação do carbono, com informações sobre os benefícios socioeconômicos.

SAIBA MAIS

A COP 22 ocorre em Marrakesh até o dia 18 de novembro com o objetivo de regulamentar os detalhes acerca do Acordo de Paris. Esse pacto representa um esforço de mais de 190 países para conter as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura a média global a bem abaixo de 2ºC. Para isso, cada país apresentou metas voluntárias para implementação em seus próprios territórios. Considerada uma das mais ambiciosas, a meta brasileira é reduzir em 37% as emissões até 2025, com indicativo de chegar a 43% em 2030.

Fonte: Lucas Tolentino/ Ministério do Meio Ambiente.

Sarney Filho declara, na COP 22, que as ações de combate ao aquecimento global incluirão políticas para os 25 milhões de moradores da região.

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Foto: Gilberto Soares/ MMA

Os povos que moram na região amazônica serão prioridade nas políticas ambientais brasileiras. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou nesta quinta-feira (17/11) que o país promoverá ações para o desenvolvimento de uma economia florestal capaz de conter o aquecimento global e beneficiar os 25 milhões de moradores da região. A declaração ocorreu em evento na 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima, em Marrakech, no Marrocos.

Os setores de florestas, energia e agricultura de baixo carbono serão os principais eixos de ação do país. “É preciso oferecer alternativas econômicas e que valorizem a floresta em pé”, afirmou o ministro. Para isso, segundo ele, as políticas nessa área serão aliadas ao crescimento sustentável do país e ao desenvolvimento social. “Não se pode pensar na floresta dissociada do homem. É necessário combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida das populações”, acrescentou.

AVANÇOS

A comunidade internacional reafirmou a liderança brasileira na a agenda ambiental. A coordenadora da área de Implementação e Mitigação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), Katia Simenova, afirmou que o país é o mais avançado em setores como corte de emissões florestais e na cooperação com outras nações em desenvolvimento. “O Brasil tem uma das metas mais expressivas e tem apresentado boa ação climática”, avaliou Simenova.

A inclusão dos produtores em um sistema de agricultura de baixo carbono também foi classificada como uma medida positiva em curso em território nacional. “O Brasil tem mostrado como juntar ações voltadas para crescimento, clima e sustentabilidade”, afirmou a diretora de Agricultura do Banco Mundial, Ethel Sennhauser. “Além de garantir a segurança alimentar, os produtores são muito importantes e fazem parte do processo de corte de emissões”, acrescentou.

A COP 22

A COP 22 ocorre em Marrakech até esta sexta-feira (18/11) com o objetivo de regulamentar os detalhes acerca do Acordo de Paris. Esse pacto representa um esforço de mais de 190 países para conter as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura a média global a bem abaixo de 2ºC. Para isso, cada país apresentou metas voluntárias para implementação em seus próprios territórios. Considerada uma das mais ambiciosas, a meta brasileira é reduzir em 37% as emissões até 2025, com indicativo de chegar a 43% em 2030. Ambas com base nos níveis registrados em 2005.

Fonte: Lucas Tolentino/ Ascom/MMA.

Relatório da Organização Meteorológica Mundial afirma que impacto humano em desastres climáticos individuais é cada vez mais detectável; quinquênio 2011-2015 foi o mais quente

 

Imagem: capa do relatório lançado na COP 22

Imagem: capa do relatório lançado na COP 22

 

Os cientistas do clima sempre hesitam em atribuir eventos extremos individuais à tendência de aquecimento do planeta. Nesta terça-feira, a Organização Meteorológica Mundial tomou a dianteira. O órgão das Nações Unidas afirmou, num novo relatório, que mais de metade de um total de 79 eventos extremos registrados no mundo entre 2011 e 2015 foi parcialmente causada pelas mudanças climáticas ou teve seu risco aumentado por elas.

O relatório O Clima Global em 2011-2015, foi lançado durante a COP22, a conferência do clima de Marrakesh, no Marrocos. Ele afirma que os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados desde o início das medições com termômetros, em 1880. As temperaturas no quinquênio foram 0,57oC mais altas do que a média entre 1961 e 1990. O ano mais quente foi 2015 (que está no caminho de ser desbancado por 2016), seguido por 2014.

O documento da OMM fez uma revisão de eventos extremos ao redor do mundo compilados pelo Boletim da Sociedade Americana de Meteorologia. Foi um quinquênio difícil de bater: viu-se desde recordes de derretimento do gelo marinho no Ártico até uma fome decorrente de seca que matou 250 mil pessoas no Chifre da África, passando pelo tufão mais violento já registrado, o Haiyan, o furacão Sandy, que alagou Nova York, ondas de calor na Austrália e na Argentina e enchentes no Sudeste da Ásia.

Esses eventos passaram pelo que os cientistas chamam de estudo de “fingerprinting”, ou detecção e atribuição, algo que é cada vez mais frequente na literatura científica – à medida que os extremos também ficam mais frequentes. Estudos desse tipo analisam a probabilidade de ocorrência de um determinado extremo na ausência de mudança climática, e tentam inferir o tamanho da “impressão digital” do aquecimento global antropogênico nele.

As pesquisas concluíram que o aquecimento da Terra causou diretamente ou aumentou significativamente a chance de extremos de temperatura – em alguns casos, ondas de calor ficaram até dez vezes mais prováveis do que seriam na ausência dele. Já para extremos de precipitação (secas e enchentes), a tendência é menos clara e, em alguns casos, inconclusiva.

Três extremos foram analisados no Brasil: a seca de 2013-2014 que causou a crise hídrica paulista, a estiagem na Amazônia em 2014 e 2015 e as enxurradas da Serra Fluminense em 2011, que mataram 900 pessoas e fizeram o governo criar um centro de monitoramento de desastres naturais, o Cemaden.

Para a seca paulista, a análise foi inconclusiva. “A chuva durante o evento não foi extraordinária (…), mas os impactos foram exacerbados por um aumento substantivo na demanda por água, devido sobretudo ao crescimento da população”, afirma o relatório.

Já a seca na Amazônia entre 2014 e 2015, que aumentou o número de incêndios florestais, causou preocupação nos autores do relatório. “Embora não possa ser dito com confiança que é parte de uma tendência de longo prazo”, afirma o relatório, o evento é um alerta “para potenciais ‘pontos de virada’ no sistema climático.”

 

Fonte: Claudio Angelo do Observatório do Clima, em Marrakesh

O desmatamento na Amazônia caiu 78% entre 2015 e 2004, ano de início do plano de prevenção (Foto: Divulgação/EBC)

O desmatamento na Amazônia caiu 78% entre 2015 e 2004, ano de início do plano de prevenção (Foto: Divulgação/EBC)

Projetos no setor florestal receberam financiamento de US$ 1 bilhão do Fundo Amazônia. Atualmente, 85 iniciativas são apoiadas pelo fundo, formado por doações de parceiros importantes do País, como os governos da Noruega e da Alemanha.

O Fundo Amazônia capta doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é responsável pela gestão.

Unidades de conservação, povos indígenas e medidas de monitoramento estão entre as primeiras áreas de atuação desses programas. Também há ações voltadas para atividades de produção sustentável e para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

A importância dos projetos apoiados foi apresentada nesse sábado (12), no Espaço Brasil na 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima, que ocorre até a próxima semana em Marrakech (Marrocos). O local é uma iniciativa do governo federal com o objetivo de divulgar para o mundo as políticas brasileiras na área climática.

Cooperação

A integração brasileira com os demais países foi apontada como essencial para dar continuidade às políticas florestais. “A mudança do clima é um problema coletivo e, por isso, requer a cooperação internacional”, explicou a diretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Thelma Krug. Segundo ela, o Fundo Amazônia é um instrumento fundamental nesse contexto.

O empenho brasileiro na agenda tem garantido resultados expressivos: o desmatamento na Amazônia, por exemplo, caiu 78% entre 2004, ano de início do plano de prevenção e controle no bioma, e 2015. Thelma destacou, ainda, o papel importante que o Brasil tem desempenhado na Cooperação Sul Sul, em projetos como o de apoio à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) no combate ao desmatamento.

COP 22

Até 18 de novembro, representantes de mais de 190 países estarão reunidos na COP 22 para discutir a regulamentação do Acordo de Paris. O pacto já está em vigor e, agora, é necessário definir detalhes sobre como o mundo terá de atuar para conter o aquecimento global.

O objetivo é estabelecer mudanças no processo produtivo para manter o aumento da temperatura média do planeta bem abaixo dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.

Fonte: Portal Brasil (Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Fundo Amazônia)