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Foto: Pixabay/ Domínio Público.

As emissões brutas de gases do efeito estufa no Brasil cresceram 3,5% em 2015 em relação a 2014, segundo balanço divulgado no dia 26 de outubro de 2016 pelo Observatório do Clima – rede que reúne 40 organizações da sociedade civil. De acordo com o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o país emitiu 1,927 bilhão de tonelada de CO2 em 2015, contra 1,861 bilhão de toneladas em 2014.

O desmatamento foi, segundo o estudo, o principal responsável pelo aumento, o que contrariou a tendência de queda no lançamento de poluentes, esperada em um ano de recessão, com retração de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

As emissões por mudanças no uso da terra cresceram 11,3% em 2015. A transformação de áreas de mata em pasto ou plantações representa 46% das emissões brasileiras. Nesse sentido, o observatório destaca que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais apontou para um aumento de 25% na taxa de desmatamento na Amazônia em 2015 em relação ao ano anterior.

Energia

O setor de energia, responsável por 24% das emissões no país, registrou queda de 5,3% no lançamento de poluentes em 2015. Além da redução do nível da atividade econômica, o estudo aponta para o aumento do uso de energias renováveis como um dos fatores que levaram à redução.

Houve, segundo o levantamento, uma queda de 7,1% no consumo de diesel, devido à diminuição no transporte de cargas ocasionado pela crise. O consumo de etanol e gasolina permaneceu estável. No entanto, o balanço indica uma substituição no uso do fóssil pelo renovável, com aumento de 18,6% do uso de etanol e queda de 9,4% no consumo de gasolina. Com isso, as emissões relacionadas ao uso de combustíveis caíram 7,4%.

A agropecuária, terceira maior responsável pelas emissões no Brasil, com 22% do total de CO2, praticamente não variou em 2015, com um aumento de apenas 0,6% em comparação com o ano anterior.

As emissões industriais (5% do total) tiveram queda de 1,2% no ano passado. A poluição resultante da disposição de resíduos, que representa 3% do CO2 brasileiro, teve ligeira elevação de 0,3%.

Fonte: Daniel Mello/ da Agência Brasil.

Demarcação de territórios tradicionais não está listada como política para cumprir a NDC, mas evitaria emissão de 31 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, afirma estudo.

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Pedro Biondi/ Agência Brasil/ Creative Commons.

Um estudo do WRI (World Resources Institute) publicado no dia 6 de outubro concluiu que, de 2000 a 2012, as taxas anuais de desmatamento em áreas florestais indígenas de posse definida no Brasil foram 2,5 vezes menores do que fora desses territórios, o que pode representar uma medida eficiente e mais barata de redução de emissões.

O estudo é mais um a ratificar a importância da demarcação e homologação de terras indígenas para a proteção da floresta e do clima. Segundo o WRI, o cumprimento das metas do Brasil no Acordo de Paris (a chamada NDC) pode ser facilitado ao assegurar aos índios a posse de seus territórios tradicionais – embora a demarcação não seja uma política formalmente listada pelo governo como auxiliar no cumprimento da meta.

A pesquisa foi realizada com informações três países da Bacia Amazônica: Brasil, Bolívia e Colômbia. De acordo com os dados do WRI, é possível estimar um benefício econômico de US$ 523 bilhões a US$ 1,1 trilhão para o Brasil num período de 20 anos, com custos que chegam ao máximo de 1% dos benefícios totais.

Esses valores são calculados com base nos custos estimados de investimento em segurança de posse no país (US$ 68/ha), mitigação de carbono através de programas de posse assegurada nas áreas (US$ 8,74 a US$ 11,88 por tonelada de CO2) e a média de custos de corte de emissões por meio da captura e armazenamento de carbono fóssil, estimados entre US$ 58/tCO2 para usinas elétricas a carvão e US$ 85/tCO2 para usinas de energia a gás. Especificamente no que diz respeito à captura e armazenamento de carbono, os custos de proteção de posse são de 5 a 29 vezes menores que os custos estimados de usinas de energia a carvão, e de 7 a 42 vezes menores que as usinas de energia a gás.

Áreas indígenas florestais homologadas evitam anualmente a emissão de 42,8 a 59,7 milhões de toneladas de CO2 no Brasil, na Colômbia e na Bolívia, afirma o WRI. Especificamente no Brasil, existe potencial para evitar a liberação 31,76 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que equivale a 6.708.778 veículos de passageiros retirados das ruas durante o período.

“Nossa pesquisa aponta que, ao assegurar a posse das terras na Colômbia, o país evita a emissão de 3 milhões a 4.6 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que representa quase 70% do compromisso total feito com o Acordo de Paris”, afirmou Peter Veit, diretor de Iniciativas de Direitos de Terra e Recursos do WRI e um dos coautores do estudo. “Mais nações deveriam tornar a garantia dessa posse de terras como estratégia central para o combate a mudanças climáticas”, defende.

CONFIRMAÇÃO

O trabalho do WRI vai na mesma linha, embora use métricas de valoração diferentes, de estudos do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) sobre o assunto. Em 2015, o Ipam publicou um trabalho em parceria com a GIZ (Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional) mostranso que os territórios indígenas na Amazônia brasileira representam uma reserva de cerca de 13 bilhões de toneladas de carbono (46,8 bilhões de toneladas de CO2) – 30% do que existe estocado na floresta.

O relatório estimou que as comunidades indígenas na Amazônia terão sido responsáveis ​​por evitar a emissão de 431 milhões de toneladas de CO2 desde 2006 até 2020, graças à proteção dos estoques de carbono em suas terras. Se fosse aplicado o mesmo valor monetário por tonelada de CO2 destinado ao Fundo Amazônia por compensação por redução do desmatamento, a contrapartida pela preservação nessas terras seria equivalente a quase R$ 7,5 bilhões, ou cerca de R$ 500 milhões por ano. Isso equivale a quase metade do orçamento do Ministério do Meio Ambiente em 2015, excluindo salários e pagamento de aposentados, segundo dados do portal Siga Brasil.

Veit também aponta que, caso os povos indígenas não tivessem a garantia de posse sobre suas áreas florestais, as emissões de CO2 para cada país teriam sido muito maiores, cerca de 9% maiores por ano na Bolívia e 3% no Brasil e na Colômbia: “Para o Brasil, essa diferença em emissões é equivalente ao total de emissões de CO2 da Irlanda no ano de 2012”, compara.

No Brasil, há iniciativas no Congresso para enfraquecer ou suspender as demarcações. A principal delas é a PEC-215, no momento adormecida na Câmara, que retira do Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas e transfere-a ao Parlamento. Com o peso da bancada ruralista, a aprovação da emenda significaria na prática um congelamento das demarcações no país. Um estudo do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) publicado no ano passado estima que a PEC, sozinha, poderia causar emissões adicionais por desmatamento em terras indígenas de 100 milhões de toneladas de CO2.

Fonte: Camila Faria/ Observatório do Clima.

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Foto: Pnuma

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informa que Angola e Brasil lideram as emissões de gases de carbono na agricultura, florestas e uso da terra entre os países de língua portuguesa.

De acordo com estimativas apresentadas, no dia 17 de outubro, em milhões de toneladas, o Brasil emite 441.905, seguida por Angola com 29.584.

Melhorar a produção

Para a Diretora do Escritório da FAO nas Nações Unidas em Nova Iorque, Carla Mucavi, o mundo deve optar por produzir mais com menos recursos e aproveitar os resíduos para melhorar a produção.
“Temos que gerir ou manusear os recursos naturais de forma mais responsável. Vários países em vias de desenvolvimento deparam-se com este problema e até países mais desenvolvidos de forma diferente quando a gente fala de perdas de produção. Produzimos mas não conseguimos ter o produto final em condições que podiam nos permitir produzir menos.”

Queima de resíduos

Nas posições seguintes estão Moçambique com 17.705 milhões de toneladas, Portugal com 6.324 e Guiné-Bissau com 1.651.

Timor-Leste emite 784 milhões de toneladas de gases de carbono na agricultura, Cabo Verde 112 e na última posição está São Tomé e Príncipe 16. O Brasil também lidera na queima de resíduos de colheita com 1.932 milhares de toneladas.

Mudança

O Estado da Alimentação e da Agricultura 2016, com a sigla Sofa, destaca que a forma como são produzidos e consumidos os alimentos deve mudar urgentemente.

O objetivo é reduzir a quantidade de emissões de gases de carbono produzidos pela agricultura e ajudar os agricultores a adaptarem-se às mudanças climáticas. O documento foi lançado como parte da celebração do Dia Mundial da Alimentação assinalado domingo.

A agência defende que sem uma ação rápida, a mudança climática vai colocar milhões de pessoas em risco de fome e a pobreza.

Renda

A FAO destaca desafios assustadores mesmo sem as alterações climáticas na agricultura mundial no estado da segurança alimentar. Entre eles está o crescimento da população e do aumento da renda em grande parte do mundo em desenvolvimento que têm pressionado a demanda por alimentos e outros produtos agrícolas a níveis sem precedentes.

A estimativa da agência é que para atender à demanda por alimentos em 2050, a produção mundial anual de produtos agrícolas e gado seja de 60% maior do que era em 2006.

Safras

A agência destaca ainda que cerca do 80% desse aumento deverá vir dos rendimentos mais elevados e 10% do número de safras anuais.

O estudo destaca que o potencial de rendimento é limitado pela degradação generalizada da terra e a crescente falta de água.

A agência quer mais esforços para reduzir a pobreza e para uma transição para uma agricultura produtiva e sustentável. Sem isso, muitos países de baixa renda terão dificuldades de garantir o acesso a quantidades suficientes de comida para toda a sua população.

Fonte: Eleutério Guevane/ Rádio ONU em Nova Iorque.

Estudo sobre opções de mitigação de emissões no Brasil mostra que objetivo de 2025 é fácil, mas o de 2030 dependerá de esforços extras.

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Foto: Estadão.

A crise econômica, aliada a políticas brasileiras existentes e turbinadas com ações de baixo carbono, deixa o País em um caminho relativamente fácil para cumprir suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2025. Mas, para 2030, o País precisará contar com algum plano de colocar um preço sobre o carbono emitido, ou ficará com emissões bem superiores às metas apresentadas junto ao Acordo de Paris.

Os dados fazem parte do estudo “Opções de Mitigação”, encomendado pelo Ministério da Ciência e lançado no final da Conferência do Clima da ONU em Marrakesh, há dez dias. O trabalho, que contou com mais de 90 pesquisadores de diversas instituições, traçou diversos cenários de ações que o Brasil pode adotar para reduzir suas emissões, considerando a situação econômica atual de crise e as futuras de crescimento.

De acordo com Régis Rathmann, que coordenou o trabalho no ministério, a mensagem principal é que se o País seguir somente as políticas de mitigação já existentes – o chamado “cenário de referência” -, como Código Florestal, Plano Nacional de Mudanças Climáticas, Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), em 2050 a taxa de emissões estará 50% maior.

Para 2025, ano em que o Brasil se comprometeu a emitir 1,3 gigatonelada de CO2 (valor 37% menor do que emitido em 2005), as análises mostram que a crise econômica, que diminui o consumo e, portanto, a atividade industrial, já nos coloca nesse caminho. Mas é preciso também cumprir todas as leis e ir um pouco além (o chamado cenário de baixo carbono), como aumentar áreas de restauração florestal, ter metas ainda mais ambiciosas de redução de desmatamento não só na Amazônia, mas também no Cerrado e na Caatinga, e investir em eficiência energética.

“Parece um pequeno esforço, mas muitas dessas medidas, que ao longo de sua vida útil trazem um ganho econômico, ainda enfrentam barreiras que precisam ser rompidas. Não há créditos para que o empreendedor adquira a tecnologia de baixo carbono”, diz Rathmann.

O simples atendimento do cenário de referência, mostra o estudo, já não é tão fácil. Raoni Rajão, pesquisador da Universidade Federal de Minas, aponta que, nesse cenário, a agricultura, por exemplo, terá um aumento de 23% de emissões até 2030. Mas com esforços extras de intensificação de pecuária o aumento poderia ficar em 7%.

Rajão, que coordenou os estudos na área de uso do solo (como desmatamento e agricultura), trabalhou com um cenário de referência que hoje já é bem mais ousado do que ações que o Brasil vinha listando para cumprir suas metas. Ao apresentar suas metas numéricas de redução de emissões – como contribuição ao Acordo de Paris, que prevê esforços de todo o mundo para o combate ao aquecimento global -, o Brasil apresentou em um anexo uma série de ações, como zerar o desmatamento da Amazônia até 2030 e restaurar 12 milhões de hectares de florestas desmatadas.

“As leis que temos trazem metas que vão além disso, como reduzir 40% de desmatamento no Cerrado, o que está previsto na Política Nacional de Mudanças Climáticas, de 2009”, explica Rajão. Um trabalho anterior do seu grupo na UFMG, independente deste estudo encomendado pelo ministério, já tinha apontado no ano passado que essas ações que foram listadas pelo governo são insuficientes para cumprir a meta numérica.

Custo. De acordo com o “Opções”, a situação a partir de 2030 (meta de emissão de 1,2 gigatonelada de CO2), fica ainda mais complexa, visto que a expectativa é que haja crescimento econômico e um aumento da demanda por energia.
“No cenário de referência, quem começa a mostra a cara é o carvão”, comenta Roberto Schaeffer, da Coppe/UFRJ, referindo-se ao fato de que a energia proveniente de termoelétricas é mais barata. Para evitar isso, diz, a saída é colocar um preço sobre o carbono emitido.

“O carvão é barato porque ninguém precifica o impacto ambiental que ele tem, mas as alternativas renováveis só vão valer a pena quando isso for considerado”, diz. Segundo os cálculos, um preço de US$ 10 a tonelada de CO2 emitido poderia dobrar a redução de emissões.

Fonte: Estadão.

Sarney Filho declara, na COP 22, que as ações de combate ao aquecimento global incluirão políticas para os 25 milhões de moradores da região.

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Foto: Gilberto Soares/ MMA

Os povos que moram na região amazônica serão prioridade nas políticas ambientais brasileiras. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou nesta quinta-feira (17/11) que o país promoverá ações para o desenvolvimento de uma economia florestal capaz de conter o aquecimento global e beneficiar os 25 milhões de moradores da região. A declaração ocorreu em evento na 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima, em Marrakech, no Marrocos.

Os setores de florestas, energia e agricultura de baixo carbono serão os principais eixos de ação do país. “É preciso oferecer alternativas econômicas e que valorizem a floresta em pé”, afirmou o ministro. Para isso, segundo ele, as políticas nessa área serão aliadas ao crescimento sustentável do país e ao desenvolvimento social. “Não se pode pensar na floresta dissociada do homem. É necessário combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida das populações”, acrescentou.

AVANÇOS

A comunidade internacional reafirmou a liderança brasileira na a agenda ambiental. A coordenadora da área de Implementação e Mitigação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), Katia Simenova, afirmou que o país é o mais avançado em setores como corte de emissões florestais e na cooperação com outras nações em desenvolvimento. “O Brasil tem uma das metas mais expressivas e tem apresentado boa ação climática”, avaliou Simenova.

A inclusão dos produtores em um sistema de agricultura de baixo carbono também foi classificada como uma medida positiva em curso em território nacional. “O Brasil tem mostrado como juntar ações voltadas para crescimento, clima e sustentabilidade”, afirmou a diretora de Agricultura do Banco Mundial, Ethel Sennhauser. “Além de garantir a segurança alimentar, os produtores são muito importantes e fazem parte do processo de corte de emissões”, acrescentou.

A COP 22

A COP 22 ocorre em Marrakech até esta sexta-feira (18/11) com o objetivo de regulamentar os detalhes acerca do Acordo de Paris. Esse pacto representa um esforço de mais de 190 países para conter as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura a média global a bem abaixo de 2ºC. Para isso, cada país apresentou metas voluntárias para implementação em seus próprios territórios. Considerada uma das mais ambiciosas, a meta brasileira é reduzir em 37% as emissões até 2025, com indicativo de chegar a 43% em 2030. Ambas com base nos níveis registrados em 2005.

Fonte: Lucas Tolentino/ Ascom/MMA.

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Foto: ONU/Eskinder Debebe.

O Acordo de Paris sobre o clima entrou em vigor esta sexta-feira, 4 de novembro, e antecipando a data, os Estados-membros da Organização Internacional de Aviação Civil, Icao, adotaram um novo padrão para controlar as emissões de gases que causam o efeito estufa.

As novas regras determinam a redução das emissões de carbono de aviões de passageiros e de carga já a partir de 2020 através de um mecanismo, que será voluntário até 2027.

Expectativa

A agência diz que as emissões dos gases que causam efeito estufa emitidas por aeronaves têm aumentado rapidamente, especialmente com a expectativa do número de voos dobrar nos próximos 15 anos.

Segundo dados de firmas especializadas, os aviões emitem 781 milhões de toneladas de gás carbônico por ano.

Já no caso do transporte marítimo, a emissão de carbono por barcos e navios chega a 1 bilhão de toneladas por ano, segundo a Comissão Europeia.

Para tentar combater o problema, o órgão vai exigir dos grandes cargueiros que mostrem o registro das emissões e outras informações de suas embarcações antes de atracarem em qualquer porto do continente europeu.

Segundo a Comissão Europeia, o consumo de energia e as emissões de carbono dos navios podem ser reduzidos em até 75% se forem aplicadas medidas operacionais e implementadas tecnologias existentes no mercado.

A estratégia da comissão é até 2050 cortar as emissões de carbono do transporte marítimo na Europa em, pelo menos, 40% podendo chegar a 50%, tendo como base os níveis de emissão de 2005.

Fonte: Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York/ Publicado no Jornal Joseense.