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out
2016
Classificada em 2008, quando houve a revisão do gênero, a Daceton boltoni foi observada na Fazenda São Nicolau em 2011. O estudo, liderado pelo biólogo e doutor em Ecologia e Conservação da Biodiversidade Ricardo Eduardo Vicente, significou um recorde do registro bibliográfico da D. boltoni na Amazônia brasileira. A anotação de Cotriguaçu (MT) é o segundo nesta região. A presença da formiga no local representa um aumento de distribuição geográfica de aproximadamente 800 km ao Sul da cidade de Manaus, ponto mais próximo em que a espécie havia sido encontrada anteriormente.
As formigas observadas são altamente polimórficas – apresentam características físicas alternativas para os genes da espécie – e arborícola. O comportamento arborícola explica o registro dos espécimes de D. boltoni em galhos das árvores de caxeta em área de reflorestamento na São Nicolau. Os pesquisadores encontraram no mesmo local a presença de outra espécie, denominada Daceton armigerum, de ocorrência frequente em florestas da América do Sul. Essa observação corrobora a hipótese de que a D. boltoni e a D. armigerum sejam simpátricas – espécies que habitam a mesma região e se diferenciaram a partir de um ancestral comum.
Apesar da D. boltoni ter sido reconhecida em 2008, poucos estudos são realizados sobre o gênero Daceton. Os espécimes de D. boltoni foram coletados e armazenados no Acervo Biológico da Amazônia Meridional (ABAM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Referência Bibliográfica:
Vicente, R. E., Dambroz, J., & Barreto, M. R. (2011). New distribution record of Daceton boltoni Azorsa and Sosa-Calvo, 2008 (Insecta: Hymenoptera) in the Brazilian Amazon. Check List, 7(6), 878-879.
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