20

maio

2015

Reunião anual do Comitê Científico e Técnico e Comitê de Pilotagem dos Projetos Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF e PETRA apresenta resultados em Brasília

Por forest

Durante encontro foram discutidas diretrizes e formas de atuação do Projeto PETRA, uma plataforma experimental para gestão de territórios rurais da Amazônia Legal. 

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A 15ª reunião do Comitê Científico e Técnico do Poço de Carbono Florestal PEUGEOT-ONF e PETRA aconteceu entre os dias 22 e 25 de março no auditório da Embaixada Francesa, em Brasília (DF). Além do balanço das ações, foram realizadas apresentações de pesquisas feitas em parceria com a Fazenda São Nicolau.

O Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF, coordenado pela ONF Brasil, tem como objetivo a gestão florestal e reflorestamento da Fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu. “Já são 15 anos de parceria envolvendo diversas entidades. Nosso foco é o reflorestamento para o sequestro de carbono, mas a gente também tem incentivado o uso da fazenda como laboratório para pesquisa científica”, explica Cleide Arrua, diretora da ONF Brasil. Este ano, durante o encontro, foi anunciado o lançamento do segundo volume do Livro Ecologia de Campo, um compilado de estudos realizados em parceria com o curso de mestrado de ecologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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O Comitê Científico da ONF é formado por cientistas nacionais e internacionais que estiveram presentes em Brasília. A reunião contou também com a presença de parceiros importantes, como a prefeita e o secretário de meio ambiente de Cotriguaçu, Rose Nervis e Amilton Castanha, além de representantes de diversas instituições, como UFMT, UNEMAT, FAPEMAT, ICV, TNC, EMBRAPA Agrossilvipastoril, SEMA, Secretaria Executiva do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis (PMMS) e Secretaria de Articulação e Desenvolvimento Regional da Casa Civil. O encerramento contou com a presença do embaixador francês o Exmo. Sr.Yves Saint-Geours.

“Além da consolidação das parcerias, o evento ajudou a disseminar o conhecimento gerado na fazenda São Nicolau”, diz Prof. Dr. Silveira. Os pesquisadores apresentaram trabalhos realizados em parceria com a Fazenda São Nicolau. O Prof. Msc. Juliano Santos, da UFMT Sinop, apresentou seu estudo sobre recuperação de matas ciliares que é realizado na fazenda São Nicolau. Ele acompanha o plantio de mudas na beira do rio Juruena e analisa qual parcela tem melhor desempenho diante de diversas situações. “A fazenda tem sido um importante laboratório para os pesquisadores, essa parceria com a ONF é muito importante”, diz prof. Juliano.

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O encontro foi uma oportunidade para discutir o projeto PETRA, uma plataforma experimental para gestão de territórios rurais da Amazônia Legal, que está em fase de implementação. A ideia é que o PETRA seja um observatório de boas práticas, que vai apoiar iniciativas socioambientais na região Noroeste do estado de Mato Grosso com informações livres e disponíveis para cidadãos e governos. Com previsão de duração até 2038 (aporte do Poço de Carbono Florestal) e com financiamento de 7,9 milhões de euros, o projetoé financiadopelo FFEM (Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial) e co-financiado em parceria com a Peugeot, ONF, Poço de Carbono Florestal, ICV, TNC, FAPEMAT, Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e SEMA.

Felipe Daher que se pós-graduou recentemente usando dados do Projeto, é o coordenador do programa de Integração local do PETRA apresentou as linhas de ação de educação ambiental, dos sistemas agroflorestais, das ações de associativismo e cooperativismos e cadeias produtivas. O engenheiro florestal falou sobre o apoio e organização da produção local, treinamentos, capacitações e elaboração de projetos sustentáveis.

As consultoras Marion Daugeard e Solène Tricaud apresentaram estudos sobre Mecanismos de Coordenação local, com sinergia entre parceiros e projetos e com proposição de iniciativas participativas. “Esse é um estudo instrumental para mapear as demandas do PETRA”, explica Silveira.

“O PETRA chegou para fortalecer a sistematização da pesquisa na fazenda São Nicolau e região. Eu vejo a plataforma como uma importante fonte de dados para o conhecimento da biodiversidade da floresta amazônica. A intenção é também investir em formação, capacitação e nas relações institucionais, por isso é importante o estabelecimento de parcerias”, afirma Cleide Arruda, diretora da ONF Brasil. Nesse sentido o evento trouxe lições importantes, principalmente por conta das críticas recebidas.

“É natural que alguns parceiros se sintam esquecidos e, de fato, o PETRA teve de lidar com muitas demandas não previstas, o que acabou por negligenciar algumas áreas de atuação”, diz Silveira, coordenador científico do Poço de Carbono Peugeot-ONF. Mesmo assim, ele afirma que as críticas foram bem-vindas, pois vão ajudar a planejar ações futuras e alinhar expectativas. “A colocação por parte de alguns parceiros de que é necessária uma aproximação maior só demonstra que o projeto se faz bastante necessário na região. Relações de trabalho são dinâmicas e fluidas; se não houvesse esse tipo de crítica seria difícil traçar um novo rumo”, acredita o coordenador científico.

No momento dois editais de coordenação da plataforma PETRA foram abertos, um para coordenador científico e outro para coordenador executivo, os currículos estão em fase de análise. Segundo Silveira, no momento que os coordenadores forem contratados, será dada mais celeridade às atividades do projeto.

A reunião do Comitê Científico de 2015 foi um importante momento de articulação entre parceiros, com a presença importante da comunidade científica e renovações, com a saída de quatro membros antigos e o anúncio de uma nova presidência. Silveira celebra e diz que o evento retratou a atmosfera de amizade dessa parceria franco-brasileira de mais de 15 anos.

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