Representantes da ONF Brasil, ONF Internacional, Cirad e UFMT se encontram na Fazenda São Nicolau (Foto: Acervo ONF)

Visita de instituições de pesquisa à Fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu (MT), promove acordos para a formação de estudantes universitários a partir da atuação na área experimental da estância e para a geração de conhecimento sobre o manejo florestal na Amazônia com foco na produção de madeira. Representantes da ONF Brasil (projetos Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF e PETRA), da ONF International, do Cirad (Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento, situado na França) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) participaram da visita entre os dias 25 e 30 de janeiro.

Durante a semana, a equipe refletiu e compartilhou ideias para implementar parcelas da dinâmica florestal em florestas manejadas. A exploração de 5000 hectares da Fazenda, durante os próximos 25 anos, está prevista no plano de manejo apresentado às autoridades locais. O objetivo da ONF Brasil é associar a esta atividade florestal sustentável um acompanhamento científico da reconstituição das florestas.

O manejo florestal é considerado um instrumento para a conservação da Amazônia. No entanto, a sua sustentabilidade esbarra em dificuldades técnicas, ecológicas, sociais e econômicas. Do ponto de vista ecológico, estudos sobre os processos envolvidos na dinâmica florestal e particularmente os impactos da exploração sobre os processos de regeneração da floresta e das espécies comerciais são fundamentais para definir sistemas de manejo adaptados aos processos ecológicos, responsáveis pelo funcionamento e manutenção da floresta amazônica.

O Cirad tem uma ampla experiência em parcelas permanentes e monitoramento das florestas tropicais exploradas (Paracou e Ecosilva na Amazônia, Mbaïki na República Centro-Africana, STREK e Malinau na Indonésia). A organização é membro ativo da rede TmFO, www.tmfo.org, formada por investigadores especialistas nesta temática, e futuramente a equipe de pesquisadores, docentes e estudantes envolvidos com os trabalhos da fazenda poderá se integrar à rede.

Foto: Acervo ONF

Foto: Acervo ONF