14

dez

2016

Workshop capacita sociedade civil de Cotriguaçu, noroeste de Mato Grosso, para mobilização de recursos

Por forest
Workshop mostrou oportunidades de potenciais financiadores e o passo-a-passo para construção de um projeto.

Workshop mostrou oportunidades de potenciais financiadores e o passo-a-passo para construção de um projeto.

 

Quando se tem um objetivo em comum, o desafio, muitas vezes, é saber o que fazer para alcançá-lo.  Foi para isso que agricultores familiares, conselheiros, gestores, indígenas e técnicos municipais de Cotriguaçu, noroeste de Mato Grosso, reuniram-se nos dias 9 e 10 de dezembro: aprender a construir projetos para alcançar os sonhos de seus grupos.

O workshop, organizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) através do projeto Construindo estratégias de produção sustentável para a agricultura familiar na Amazônia Mato-grossense, com financiamento do Fundo Vale, mostrou oportunidades de potenciais financiadores, pois uma das dificuldades enfrentadas pelas associações é a falta de informação, não conhecer onde procurar apoios.

“Ainda se tem a ideia de que recurso é só financeiro, mas existem outras estratégias como parcerias que apoiam necessidades concretas de equipamentos e capacitações, por exemplo”, citou Suzanne Scaglia, educadora do ICV. Além de mostrar o passo-a-passo da gestão e o ciclo de projetos, que envolve um diagnóstico, o planejamento, a elaboração do plano de captação de recursos e a proposta em si, foram apresentadas outras formas de mobilização de recursos como a valorização dos potenciais locais, o financiamento colaborativo e  as campanhas.

Raquel Pereira da Silva, engenheira florestal da prefeitura de Cotriguaçu que faz a relação entre o poder municipal e o Conselho de Meio Ambiente explicou sobre o Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fundema), uma oportunidade para que as organizações possam acessar recursos.  “É uma opção muito mais próxima, mais fácil localmente”, esclarece ela, destacando que ter um Fundo ativo está na linha da gestão participativa e do controle social que a cidade vem adotando.

“Muitas vezes a busca pelo recurso acaba sendo feito por uma pessoa, é importante que ela seja descentralizada”, avaliou como um dos aprendizados Gilmar Raonir Tomás, da Associação dos Pequenos Produtores do Rio Lambari, de Cotriguaçu. O promotor de justiça, Claudio Ângelo Correa Gonzaga, falou sobre as alternativas que a Promotoria oferece aos grupos, para apoiar iniciativas locais visando a recuperação de danos ambientais, e favorecer a reinserção de reeducandos. Os participantes compartilharam as dificuldades e necessidades de mobilização de recursos de suas associações e se reuniram em grupos para elaborar propostas de projetos, colocando em prática o que foi aprendido no encontro. Edna Soledade, professora da Escola Municipal do Campo Aldovandro da Rocha Silva, socializou o que foi construído pelo seu grupo para a Associação de Pais e Mestres da Escola e tratou de melhorias no prédio escolar como construção de muros, troca de portas das salas de aula e melhoria nos banheiros.

“A gente não tinha nem noção de como fazer para escrever um projeto para buscar recursos, dependia dos outros, agora já dá para caminhar com as próprias pernas”, avaliou Marinete Plater Berger, da Associação dos Apicultores de Colniza (AAPICOL) ao final do workshop.

Fonte: Raíssa de Deus Genro – ICV

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