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Auditores visitam a Fazenda São Nicolau para certificar créditos de carbono (Foto: Acervo ONF Brasil)

 

De 3 a 7 de maio, uma equipe formada por especialistas da SCS Global Service e do Sysflor estiveram em Cotriguaçu-MT para conhecer e avaliar os resultados do sequestro de carbono nos plantios do Projeto Poço de Carbono Florestal (PPCFPO). A iniciativa existe desde 1998 e realiza o reflorestamento de área antigamente desmatada da Fazenda São Nicolau, com a intenção de absorver o carbono e combater os efeitos das mudanças climáticas. O objetivo do projeto é de absorver 1 milhão de tonelada de CO2 pelo acúmulo de biomassa florestal com o crescimento das arvores plantadas até 2038. As empresas auditoras devem apresentar um relatório final com observações e oportunidades de melhoria para o futuro. A primeira impressão da avaliação do projeto em campo, no entanto, foi bastante positiva.

A SCS Global Service foi representada pela Dra. Letty Brown e a Sysflor pela Nayara Zamin, ambas engenheiras florestais. O Projeto já tinha sido validado pelo VCS em 2011 com uma primeira verificação da quantidade de carbono estocado e com emissão de créditos de carbono para comercialização no mercado voluntario (VCUs). Na época, foram emitidos 112.292 créditos VCUs e, desse total, 61.530 VCUs foram comercializados com o reinvestimento do valor no projeto.

 

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Especialistas acompanham a medição das árvores (Foto: Acervo ONF Brasil)

 

As visitas em um projeto certificado VCS são previstas a cada 5 anos. O objetivo da auditoria deste ano foi a verificação, de acordo com as diretrizes do VCS (Verified Carbon Standard) para nova emissão de créditos, da quantidade de carbono estocado, calculada durante o inventário florestal realizado nos plantios em 2015. O projeto também passou por validação para receber a certificação socialcarbon, que avalia a sustentabilidade, a biodiversidade e os impactos sociais humanos e naturais da iniciativa. Essa certificação fornece oportunidades para envolver a comunidade no projeto e compartilhar os benefícios sociais e ambientais.

Com essa finalidade, o grupo acompanhou e verificou a metodologia usada durante a coleta dos dados em campo, a prática de sistematização e a computação do cálculo final de carbono absorvido. De uma forma geral, as empresas devem verificar a consistência do projeto, as práticas e metodologias de coleta e analise de dados e, então, emitir créditos de carbono gerados e contabilizados a partir do reflorestamento (VCS) e da certificação do projeto no padrão socialcarbon. O Sysflor ficou com a função específica de avaliar o componente social da iniciativa e, portanto, foram realizadas entrevistas com os atores, parceiros e beneficiários locais para entender a relação da ONF Brasil com as comunidades vizinhas e a sua atuação no desenvolvimento da região.

A visita foi acompanhada pela diretora da ONF Brasil, Estelle Dugachard, pelo engenheiro florestal e responsável técnico da Fazenda São Nicolau, Alan Bernardes, e pelo especialista em carbono da ONF International, Danny Torres. No final da visita, a equipe certificadora concluiu a avaliação com a apresentação de oportunidades.

A expectativa é que, até o final do ano, seja finalizado o processo de auditoria completo com validação e verificação dos critérios e indicadores, gerando emissão de novos créditos de carbono que podem se tornar fonte de cofinanciamento do projeto.

 

Plantios são monitorados segundo metodologia da ONF Brasil e ONF International (Foto: Alan Bernardes/ ONF Brasil)

Plantios são monitorados segundo metodologia da ONF Brasil e ONF International (Foto: Alan Bernardes/ ONF Brasil)

 

A atividade faz parte do inventário anual dos plantios do Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF (PPCFPO). Conduzida na Fazenda São Nicolau, a iniciativa iniciou em agosto e deve ser concluída no inicio de setembro. Ao todo, serão monitoradas 420 parcelas permanentes, alocadas em 84 talhões do projeto. O método segue as regras definidas pelo protocolo dos plantios, elaborado em parceria pela ONF Brasil e ONF International e validado pela certificadora VCS (Verified Carbon Standard, pela sigla em inglês).

A prática do inventário existe desde 2003 e é uma forma de monitorar o sequestro de carbono alcançado a partir do reflorestamento com 50 espécies nativas. No período da seca, no qual é realizada a medição, algumas espécies perdem as folhas. Porém, durante o ano na Fazenda São Nicolau, a beleza das árvores enche os olhos de estudantes, colaboradores e pesquisadores. A atuação científica é central para o PPCFPO, executado pela ONF Brasil. Ambas as iniciativas nasceram com o propósito de testar o conceito de poço de carbono florestal, consagrado pelo Protocolo de Kyoto – cujo objetivo era combater a emissão de gases de efeito estufa.

O PPCFPO é uma experiência bem-sucedida para demonstrar que é possível reflorestar o território amazônico com espécies nativas e com resultados de estocagem efetiva de carbono a partir do crescimento das árvores. Os plantios iniciaram em 1999 e usaram 50 espécies de nativas (na grande maioria dos 2.000 ha de área de pastos degradados reflorestados) e apenas 2 exóticas (teca e jamelão) em talhões minoritários.

Anualmente o inventário ocorre em duas etapas. A primeira compreende a coleta dos dados em campo pela equipe da ONF Brasil e colaboradores. Cada uma das parcelas mensurada e delimitadas por lascas de madeira tem 1000 m2 (com dimensões de 50 m e 20 m). As mesmas árvores são mensuradas, de forma continua, com a coleta dos dados de CAP (Circunferência na Altura do Peito), altura e estado fitossanitário dos indivíduos que foram plantados pelo projeto.

A segunda fase do inventário prevê a sistematização dos dados em planilha e, posteriormente, a quantificação do carbono estocado por meio do software calculador Camara.

A atividade é realizada todos os anos e, em 2017, recebeu o apoio de 8 acadêmicos de Engenharia Florestal da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), campus Alta Floresta. Os estudantes que participam do inventário têm a oportunidade de praticar em campo o conhecimento adquirido na academia. Neste ano, a Prof. Fabrícia Rodrigues foi responsável pela orientação e acompanhamento dos estagiários. Os alunos foram selecionados por meio de edital lançado pela ONF Brasil em junho. O estudante de mestrado em Ciências Agronômicas da Universidade Livre de Bruxelas (ULB), Clément Bocque, que atualmente coleta dados na Fazenda São Nicolau para o seu Trabalho de Conclusão de Curso, também contribuiu com a atividade.

 

Veja mais fotografias do inventário:

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Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 9 Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 10
Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 9 Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 7
Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 8 Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 3
Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 2 Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF mede quantidade de carbono estocado nas árvores de reflorestamento da Fazenda São Nicolau 6

Imagem ilustrativa de um perfil de solo (Diagrama: Carlosblh/ Wikimedia Commons/ Creative Commons/ https://goo.gl/d15nxj)

Imagem ilustrativa de um perfil de solo (Diagrama: Carlosblh/ Wikimedia Commons/ Creative Commons/ https://goo.gl/d15nxj)

 

As ferramentas analisadas foram a espectroscopia de reflectância no infravermelho próximo (NIRS) e as funções de pedotransferência (FPT). O NIRS é um método barato, rápido e de fácil replicação. Os solos são classificados de acordo com a análise de como o reflexo deste material pode ser disposto na área próxima ao espectro infravermelho. Por outro lado, as FPTs são um método de estimativa de características físicas do solo, como a retenção de água e a resistência à penetração.

Os estudiosos utilizam regressões matemáticas e softwares para definir regras que ajudem a definir algumas propriedades que são frequentemente mais difíceis de mensurar. O estudo foi realizado pelo Dr. Martial Bernoux e parceiros. O pesquisador é membro do Comitê Científico e Técnico do projeto Poço de Carbono Florestal PEUGEOT-ONF e diretor de pesquisa, na França, do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD).

Ao comparar o desempenho entre os métodos, os estudiosos pretendiam verificar a capacidade do NIRS de estimar a densidade do solo. Afinal, as análises da quantidade de carbono estocado necessitam de valores referentes à densidade do solo. Porém, a coleta de amostras e a medição desta propriedade são processos trabalhosos e dispendiosos. Além disso, os cálculos se tornaram importantes para compreender os ciclos do carbono face às alterações ambientais geradas pelas mudanças climáticas.

O corpus da pesquisa abrangeu 1.184 amostras de solo de uma região de reflorestamento na bacia da Amazônia brasileira. O solo foi coletado nas seguintes profundidades: 0-5 cm, 5-10 cm, 10-20 cm e 20-30 cm. A opção por estes recortes se explica pelo fato de que 57% do carbono armazenado nos 100 cm do topo do solo amazônico estão na profundidade entre 0 e 30 cm.

O estudo foi realizado na Fazenda São Nicolau (Cotriguaçu, MT), cujo histórico compreende um período de desmatamento da floresta nativa e produção de pastagens entre 1981 e 1999, outro de queimada dos pastos entre 1999 e 2003 e, por fim, um de plantação de árvores entre 1999 e 2003. Cabe lembrar que a Amazônia se destaca pelo papel que cumpre no estoque de carbono. Dessa maneira, métodos confiáveis para medir o sequestro de carbono na Amazônia podem contribuir para acumular conhecimento sobre os fluxos de carbono na floresta tropical.

Além disso, excluindo as rochas carbonáticas (como o calcário), de uma forma geral, o solo é considerado como o maior poço de carbono terrestre. Há o armazenando entre 1500 e 2000 bilhões de toneladas de carbono nos 100 cm superiores do perfil do solo.

A exatidão do NRIS apresentou uma margem de erro próxima de zero, com a variação de 0,0002 gramas por cm3. A estimativa do método também revelou a menor quantidade de erros. Portanto, os métodos NRIS apresentaram resultados satisfatórios para a medição da densidade do solo, ainda que o desempenho não seja significativamente melhor que aquele das FPTs. Porém estas necessitam de outros parâmetros, que nem sempre estão disponíveis aos pesquisadores.

 

Referência Bibliográfica:

MOREIRA, C.S., BRUNET, D., VERNEYRE, L., SÁ, S.M.O., GALDOS, M.V., CERRI, C.C. e BERNOUX, M. (2009, October). Near infrared spectroscopy for soil bulk density assessment. In European Journal of Soil Science, 60, 785–791.

 

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Foto: Pixabay/ Domínio Público.

As emissões brutas de gases do efeito estufa no Brasil cresceram 3,5% em 2015 em relação a 2014, segundo balanço divulgado no dia 26 de outubro de 2016 pelo Observatório do Clima – rede que reúne 40 organizações da sociedade civil. De acordo com o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o país emitiu 1,927 bilhão de tonelada de CO2 em 2015, contra 1,861 bilhão de toneladas em 2014.

O desmatamento foi, segundo o estudo, o principal responsável pelo aumento, o que contrariou a tendência de queda no lançamento de poluentes, esperada em um ano de recessão, com retração de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

As emissões por mudanças no uso da terra cresceram 11,3% em 2015. A transformação de áreas de mata em pasto ou plantações representa 46% das emissões brasileiras. Nesse sentido, o observatório destaca que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais apontou para um aumento de 25% na taxa de desmatamento na Amazônia em 2015 em relação ao ano anterior.

Energia

O setor de energia, responsável por 24% das emissões no país, registrou queda de 5,3% no lançamento de poluentes em 2015. Além da redução do nível da atividade econômica, o estudo aponta para o aumento do uso de energias renováveis como um dos fatores que levaram à redução.

Houve, segundo o levantamento, uma queda de 7,1% no consumo de diesel, devido à diminuição no transporte de cargas ocasionado pela crise. O consumo de etanol e gasolina permaneceu estável. No entanto, o balanço indica uma substituição no uso do fóssil pelo renovável, com aumento de 18,6% do uso de etanol e queda de 9,4% no consumo de gasolina. Com isso, as emissões relacionadas ao uso de combustíveis caíram 7,4%.

A agropecuária, terceira maior responsável pelas emissões no Brasil, com 22% do total de CO2, praticamente não variou em 2015, com um aumento de apenas 0,6% em comparação com o ano anterior.

As emissões industriais (5% do total) tiveram queda de 1,2% no ano passado. A poluição resultante da disposição de resíduos, que representa 3% do CO2 brasileiro, teve ligeira elevação de 0,3%.

Fonte: Daniel Mello/ da Agência Brasil.

Além de promover a preservação do meio ambiente, o reflorestamento também é importante ao produtor rural, tanto no viés econômico, quanto na prática da sustentabilidade.

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Foto: BioBlog.

As iniciativas de reflorestamento têm sido essenciais para promover a redução do gás carbônico (CO2) na atmosfera e, consequentemente, evitar a intensificação do efeito estufa. Isso porque a redução do CO2 ocorre devido à fotossíntese realizada pelas árvores, a qual permite que o carbono fixe na biomassa do solo e do vegetal. À medida que a árvore vai se desenvolvendo, o carbono passa a integrar as folhas, troncos, galhos e raízes. Em torno de 50% da biomassa vegetal é feita de carbono. Para se ter ideia, a Floresta Amazônica detém em média 140 toneladas de carbono por hectare.

Mundialmente, o reflorestamento torna-se essencial para minimizar as alterações climáticas e aumentar os recursos hídricos. De forma pontual, há uma categoria que pode usufruir de diversos benefícios ao promover o reflorestamento: os produtores rurais. As vantagens englobam questões econômicas e de sustentabilidade.

Vantagens econômicas do processo de reflorestamento

Pelo viés econômico, reflorestar reflete em ganhos ao produtor rural e não é preciso dispor de muita mão de obra para colocar em prática essa iniciativa que ajuda a embelezar a paisagem da propriedade e valorizar o imóvel. Muitos produtores veem essa alternativa como uma forma de “guardar economias”, isso porque quando necessário é possível comercializar as árvores, depois replantá-las e realizar esse processo de forma sucessiva.

Reflorestar também permite que a propriedade rural fique autossuficiente para a necessidade de madeira. Tendo madeira à disposição é possível dar origem a currais, realizar construções abertas e ter lenha disponível em tempo integral, tudo isso com matéria-prima obtida na propriedade.

Vantagens do processo de reflorestamento ligadas à sustentabilidade

Geralmente as espécies usadas para o reflorestamento se desenvolvem num curto período de tempo, abrindo possibilidade para que elas sejam uma opção de matéria-prima de baixo custo para os produtores rurais. Reflorestar também permite aproveitar as áreas marginais, combater a erosão do solo, maximizar o desempenho das bacias hidrográficas e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental negativo que as culturas tradicionais de plantação geram ao solo.

Soluções biológicas

Essa mesma linha de preocupação ambiental levou a Novozymes, líder mundial no segmento de enzimas industriais e bioinovação, a participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) de forma ativa, integrando as discussões de políticas públicas e de soluções para serem colocadas em prática ao longo das próximas décadas, envolvendo a promoção da economia verde. A Novozymes vem trabalhando incessantemente na formulação de alternativas renováveis para substituir o uso de produtos químicos que tem origem fóssil.

Fonte: BioBlog.

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Foto: Pnuma

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informa que Angola e Brasil lideram as emissões de gases de carbono na agricultura, florestas e uso da terra entre os países de língua portuguesa.

De acordo com estimativas apresentadas, no dia 17 de outubro, em milhões de toneladas, o Brasil emite 441.905, seguida por Angola com 29.584.

Melhorar a produção

Para a Diretora do Escritório da FAO nas Nações Unidas em Nova Iorque, Carla Mucavi, o mundo deve optar por produzir mais com menos recursos e aproveitar os resíduos para melhorar a produção.
“Temos que gerir ou manusear os recursos naturais de forma mais responsável. Vários países em vias de desenvolvimento deparam-se com este problema e até países mais desenvolvidos de forma diferente quando a gente fala de perdas de produção. Produzimos mas não conseguimos ter o produto final em condições que podiam nos permitir produzir menos.”

Queima de resíduos

Nas posições seguintes estão Moçambique com 17.705 milhões de toneladas, Portugal com 6.324 e Guiné-Bissau com 1.651.

Timor-Leste emite 784 milhões de toneladas de gases de carbono na agricultura, Cabo Verde 112 e na última posição está São Tomé e Príncipe 16. O Brasil também lidera na queima de resíduos de colheita com 1.932 milhares de toneladas.

Mudança

O Estado da Alimentação e da Agricultura 2016, com a sigla Sofa, destaca que a forma como são produzidos e consumidos os alimentos deve mudar urgentemente.

O objetivo é reduzir a quantidade de emissões de gases de carbono produzidos pela agricultura e ajudar os agricultores a adaptarem-se às mudanças climáticas. O documento foi lançado como parte da celebração do Dia Mundial da Alimentação assinalado domingo.

A agência defende que sem uma ação rápida, a mudança climática vai colocar milhões de pessoas em risco de fome e a pobreza.

Renda

A FAO destaca desafios assustadores mesmo sem as alterações climáticas na agricultura mundial no estado da segurança alimentar. Entre eles está o crescimento da população e do aumento da renda em grande parte do mundo em desenvolvimento que têm pressionado a demanda por alimentos e outros produtos agrícolas a níveis sem precedentes.

A estimativa da agência é que para atender à demanda por alimentos em 2050, a produção mundial anual de produtos agrícolas e gado seja de 60% maior do que era em 2006.

Safras

A agência destaca ainda que cerca do 80% desse aumento deverá vir dos rendimentos mais elevados e 10% do número de safras anuais.

O estudo destaca que o potencial de rendimento é limitado pela degradação generalizada da terra e a crescente falta de água.

A agência quer mais esforços para reduzir a pobreza e para uma transição para uma agricultura produtiva e sustentável. Sem isso, muitos países de baixa renda terão dificuldades de garantir o acesso a quantidades suficientes de comida para toda a sua população.

Fonte: Eleutério Guevane/ Rádio ONU em Nova Iorque.