20
set
2017
A atividade faz parte do inventário anual dos plantios do Projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF (PPCFPO). Conduzida na Fazenda São Nicolau, a iniciativa iniciou em agosto e deve ser concluída no inicio de setembro. Ao todo, serão monitoradas 420 parcelas permanentes, alocadas em 84 talhões do projeto. O método segue as regras definidas pelo protocolo dos plantios, elaborado em parceria pela ONF Brasil e ONF International e validado pela certificadora VCS (Verified Carbon Standard, pela sigla em inglês).
A prática do inventário existe desde 2003 e é uma forma de monitorar o sequestro de carbono alcançado a partir do reflorestamento com 50 espécies nativas. No período da seca, no qual é realizada a medição, algumas espécies perdem as folhas. Porém, durante o ano na Fazenda São Nicolau, a beleza das árvores enche os olhos de estudantes, colaboradores e pesquisadores. A atuação científica é central para o PPCFPO, executado pela ONF Brasil. Ambas as iniciativas nasceram com o propósito de testar o conceito de poço de carbono florestal, consagrado pelo Protocolo de Kyoto – cujo objetivo era combater a emissão de gases de efeito estufa.
O PPCFPO é uma experiência bem-sucedida para demonstrar que é possível reflorestar o território amazônico com espécies nativas e com resultados de estocagem efetiva de carbono a partir do crescimento das árvores. Os plantios iniciaram em 1999 e usaram 50 espécies de nativas (na grande maioria dos 2.000 ha de área de pastos degradados reflorestados) e apenas 2 exóticas (teca e jamelão) em talhões minoritários.
Anualmente o inventário ocorre em duas etapas. A primeira compreende a coleta dos dados em campo pela equipe da ONF Brasil e colaboradores. Cada uma das parcelas mensurada e delimitadas por lascas de madeira tem 1000 m2 (com dimensões de 50 m e 20 m). As mesmas árvores são mensuradas, de forma continua, com a coleta dos dados de CAP (Circunferência na Altura do Peito), altura e estado fitossanitário dos indivíduos que foram plantados pelo projeto.
A segunda fase do inventário prevê a sistematização dos dados em planilha e, posteriormente, a quantificação do carbono estocado por meio do software calculador Camara.
A atividade é realizada todos os anos e, em 2017, recebeu o apoio de 8 acadêmicos de Engenharia Florestal da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), campus Alta Floresta. Os estudantes que participam do inventário têm a oportunidade de praticar em campo o conhecimento adquirido na academia. Neste ano, a Prof. Fabrícia Rodrigues foi responsável pela orientação e acompanhamento dos estagiários. Os alunos foram selecionados por meio de edital lançado pela ONF Brasil em junho. O estudante de mestrado em Ciências Agronômicas da Universidade Livre de Bruxelas (ULB), Clément Bocque, que atualmente coleta dados na Fazenda São Nicolau para o seu Trabalho de Conclusão de Curso, também contribuiu com a atividade.
Veja mais fotografias do inventário:
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Fazenda São Nicolau, Cotriguaçu - MT