Marc lança o seu melhor olhar 43. Será que seu charme será capaz de conquistar a íris? (Foto: Bruna Vivian)

Marc lança o seu melhor olhar 43. Será que seu charme será capaz de conquistar a Íris? (Foto: Bruna Vivian)

 

Resgatadas separadamente e acolhidas na Fazenda São Nicolau, Íris e Marc são harpias fêmea e macho. Ainda devem demorar de 2 a 3 anos para essas aves atingirem a maturidade sexual, mas a equipe de cuidadores assumiu o papel de casamenteiros e sonham com a formação de um par perfeito.

“Há essa expectativa, uma vez que as duas aves não sofreram imprinting, que ocorre quando o animal é retirado muito novo do ninho e possui dificuldade para se reproduzir por não reconhecer o parceiro da própria espécie, associando a própria imagem à de seres humanos. A perspectiva de um futuro pareamento entre os dois é sustentada pois ambos estão na mesma área e são um jovem casal”, explica Bruna Vivian, estagiária do pesquisador Everton Miranda na Fazenda.

O primeiro encontro entre as duas aves resgatadas ocorreu no dia 4 de maio. Tímido, o par ficou a um quilômetro de distância, sem nem ao menos se ver. A águia fêmea estava nas vizinhanças do Rio Juruena, enquanto o macho estava próximo do seu recinto de soltura, local que frequenta em busca do alimento ofertado pela equipe da Fazenda. O casal passou o dia inteiro vocalizando um para o outro. De noite, para evitar que os https://www.cialispascherfr24.com/prix-cialis-pharmacie-toulouse/ animais associem a presença humana com o alimento, a equipe de cuidadores depositou duas porções de carne em poleiros diferentes para evitar a competição. Geralmente as aves recebem galinhas ou animais silvestres atropelados frescos.

No dia seguinte, logo cedo, as aves foram vistas cada uma com sua porção de carne nas garras, ainda vocalizando a distância durante toda a manhã. Depois, o macho se afastou do recinto (e retorna em momentos aleatórios), mas a fêmea permaneceu no recinto até dia 15 de maio. Inclusive, no dia 10 de maio, as harpias sustentaram o primeiro contato visual.

 

O desejo futuro dos pesquisadores é de que Íris e Marc formem um casal, como as outras águias livres na Fazenda que, em seu habitat natural, são monogâmicos para a toda vida e usam o mesmo ninho de 20 a 30 anos (Foto: David George)

O desejo futuro dos pesquisadores é de que Íris e Marc formem um casal, como as outras águias livres na Fazenda que, em seu habitat natural, são monogâmicos para a toda vida e usam o mesmo ninho de 20 a 30 anos (Foto: David George)

 

A possibilidade de um romance permanecerá no ar por alguns anos. Seria um final feliz para as águias que passaram por alguns sustos até serem encontradas e levadas para se recuperarem na Fazenda São Nicolau. O macho recebeu o apoio do projeto “Construindo uma estratégia para a conservação da harpia na Amazônia”, liderado pelo biólogo e mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Everton Miranda.  A jovem harpia foi encontrada por uma família de agricultores de Colniza (MT) depois de cair de um ninho quando sua árvore foi derrubada por desmatamento ilegal. O resgate foi possível porque a família acionou a Secretaria de Agricultura do município, que os direcionou para o projeto de Everton.

Caso outras pessoas encontrem uma águia ferida, a orientação é entrar em contato com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. O órgão pode encaminhar os animais para o projeto ou para cativeiro. Chegando aos cuidados dos pesquisadores na São Nicolau, o trabalho será para a recuperação dos animais e sua reintrodução na natureza.

A fêmea também teve um passado de superação. O seu ninho foi derrubado por madeireiros no município de Sinop (MT). Ela sofreu duas fraturas em cada asa após a queda e foi resgatada pelos trabalhadores da madeireira. A águia passou quatro meses em recuperação no setor de animais silvestres da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Sinop sob os cuidados da veterinária Elaine Conceição.

Depois desse período, ela ficou três meses se exercitando no recinto de aclimatação na São Nicolau e foi solta em março de 2019. Desde então ela recebe alimento periodicamente e já caça parte da própria comida desde de fevereiro de 2019. A ave continuará sob monitoramento e a expectativa é de reduzir a sua alimentação à medida que for capaz de caçar presas silvestres por conta própria.

Em alguns anos, esperamos relatar o final feliz do casal e, quem sabe, de filhotes voando livres pela região.

Em julho, as aves foram vistas caçando. Confira aqui.

Coletores de castanha, gestores públicos, técnicos e sociedade acadêmica participaram da formação (Foto: Vanessa Correa)

Coletores de castanha, gestores públicos, técnicos e sociedade acadêmica participaram da formação (Foto: Vanessa Correa)

 

A ONF Brasil participou da troca de informações que aconteceu durante o curso “Normas e Procedimentos para o Manejo Florestal Não Madeireiro”, realizado de 27 a 29 de março no Parque Estadual Massairo Okamura em Cuiabá, MT. A iniciativa foi da Coordenadoria de Conservação e Restauração de Ecossistemas (CCRE) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA-MT). Participaram do evento associações de coletores, gestores da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (SEAF), engenheiros florestais, estudantes de graduação e mestrado.

O debate visa construir, de forma participativa, a regulamentação estadual para as atividades extrativistas no estado. Atualmente a inexistência de uma legislação específica significa insegurança para os coletores que já trabalham de forma organizada.

No final de 2017, foram realizadas audiências públicas para promover e ordenar a exploração de castanha-do-brasil, pequi, cumbaru, babaçu, entre outros. A partir de uma demanda antiga da Associação de Coletores de Castanha-do-Brasil do PA Juruena (ACCPAJ), datada de 2015, foi redigida uma minuta à Procuradoria Geral do Estado (PGE), no início do ano passado, solicitando a emissão de um parecer para modificar a Política Florestal de Mato Grosso (Lei nº 233/2005). A proposta é que os extrativistas elaborem, com o auxílio de um engenheiro florestal, um Plano de Manejo Não Madeireiro com a validade de 10 anos. Após uma resposta favorável da PGE, o parecer foi encaminhado à Casa Civil.

Durante o curso no Parque Massairo Okamura, a SEMA-MT atualizou os participantes sobre os trâmites do processo. Segundo Elton Antonio Silveira da Superintendência de Biodiversidade da SEMA-MT, a iniciativa se tornou um aprendizado, pois nunca havia recebido demandas que exigissem alterações legais, inclusive no que se refere à legislação tributária. Elton está a frente do Grupo de Trabalho que elaborou a minuta de lei e recebeu questionamento da Casa Civil sobre a quantia que deixaria de ser arrecadada a partir do momento que os grupos extrativistas ficassem isentos de taxas para protocolar as solicitações relativas aos planos de manejo na SEMA. Além disso, o órgão perguntou como a SEMA-MT solucionaria a perda de arrecadação futura correspondente. Essas informações foram sistematizadas e encaminhadas à Casa Civil.

De uma forma geral, o curso serviu como um intercâmbio entre os diferentes atores envolvidos na cadeia extrativista. A presidente da ACCPAJ, Veridiana Vieira, destacou, durante a sua apresentação no evento, a disposição em submeter, assim que possível, um Plano de Manejo Florestal Sustentável Não Madeireiro (PMFSNM) em parceria com a Fazenda São Nicolau.

Veridiana explicou que a regulamentação é um anseio da associação, gerando benefícios para os associados, proprietários de terras e o Estado. Esse último arrecadaria os impostos devidos pela circulação de mercadorias e poderia manter um controle mais próximo da realidade sobre a quantidade real da produção de castanha no Estado. Hoje os dados oficiais registram valores anuais de castanha próximos a apenas um quarto da quantidade que apenas a ACCPAJ coleta.

A atuação da ACCPAJ também foi relembrada quando o projeto Redes Socioprodutivas foi apresentado pelo Instituto Centro de Vida (ICV). Resultaram dessa parceria o trabalho de mapeamento de castanhais realizado na Floresta São Nicolau. Foram, então, lançados os vídeos sobre a oficina de mapeamento e também sobre a história da ACCPAJ.

Outros destaques da programação foram as palestras do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) – que sugeriu formações sobre extrativismo, agricultura familiar, coleta de sementes e restauro de áreas degradadas –, do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) – com seus canais de comercialização de produtos da sociobiodiversidade –, do engenheiro florestal M. Sc. Alexandre Ebert da CCRE – sobre a importância do Plano de Manejo para a conservação da castanheira Bertholletia excelsa e os serviços ecológicos que ela presta. A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) – apresentou o programa REDD+ for Early Movers (REM), para o qual a ONF Brasil contribui como membro do conselho gestor https://www.cialispascherfr24.com/prix-cialis-generique-en-pharmacie/ pelo Fórum Matogrossense de Mudanças Climáticas e que poderá apoiar o fortalecimento do extrativismo no estado, visto como umas das principais atividades que atribuem valores econômicos e sociais à floresta em pé. As apresentações foram encerradas com uma fala de um auditor sobre a interpretação legal das relações de trabalho entre associação de coletores e proprietários das áreas de coleta.

“O curso foi importantíssimo para que todos os atores que trabalham com produtos não madeireiros continuem se preparando para entrar nesta nova porta que a equipe responsável da Sema está empenhada em abrir, destacando a sua preocupação de facilitar os procedimentos de forma que eles sejam totalmente acessíveis às comunidades”, comentou Saulo Magnani Thomas, engenheiro florestal do Programa de Integração Local da ONF Brasil, que participou das atividades.

A regulamentação da atividade agroextrativista, que deve se iniciar no próximo ano, poderá agregar valor às atividades tradicionais do estado, promovendo benefícios para as comunidades e para a conservação das florestas.

Programação do II Seminário de Prevenção, Controle e Combate aos Incêndios Florestais

Ações Colaborativas INDEA-CBM a serem implantadas em 2016 – INDEA

Ações de Educação Ambiental para mitigação dos efeitos das Queimadas – SUEA

Atuação das Brigadas Indígenas no Combate de Incêndios Florestais em Terras Indígenas – FUNAI

Brigada Aliança, contribuindo para o controle do fogo no Mato Grosso – ALIANÇA DA TERRA

Campanha Queimar não é legal! Cotriguaçu – MT – ICV

Construindo Paisagens produtivas sustentáveis – The National Conservancy

Educação e Agroecologia como Prevenção de Incêndio Florestal – FORMAD

Sensoriamento Remoto e Uso de VANT´s Aplicadas na Área de Incêndios Florestais – Fac. de Eng. Florestal

Incêndios Florestais nas unidades de Conservação Estaduais de Mato Grosso – CUCO-SEMA

Nova Geração de utilitário 4×4 para Combate a Incêndios Florestais – AGRALE SA

O Manejo do fogo no Parque Indígena Xingu – INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL

O papel do Legislativo na elaboração das normas de proteção do Meio Ambiente – ALMT

Onde o fogo começa, a vida termina! Queimar não é legal! – CIPEM

Os projetos Poço de Carbono Florestal Peugeot-ONF e PETRA: O potencial da Fazenda São Nicolau! – ONF Brasil

Papel da SEMA na Responsabilização do Uso indevido do Fogo – SUF

Plano de Operações – Temporada de Incêndios Florestais 2016 – TCBARROSO – BEA

Preservando nossa Flora – PM

Principais ameaças para Agricultura e as Ações da FAMATO – Lucelia Peri – FAMATO

Resumo das atividades da Brigada PREVFOGO em 2015 e metas para 2016

Plano de Proteção PNCG

Período da manhã:

1- Projeto Poço de carbono florestal Peugeot ONF: origem, pesquisas e interações com a sociedade

2- Apresentação do projeto PETRA

3- Pesquisas e atividades no âmbito do projeto Poço de Carbono Florestal Peugeot- ONF em 2015

4- Pesquisas e atividades no âmbito do projeto PETRA em 2015

5- Os projetos PCFPO e PETRA: a importância do estabelecimento das relações interinstitucionais para a sustentabilidade de projetos regionais

Período da tarde:

6- A parceria SEMA, PPCF Peugeot ONF – PETRA

7- Atuação do ICV na região NO do MT

8- A experiência do projeto Arboretum – SFB

9- TNC e seguridade de água para as grandes metrópoles latino-americanas

10- O potencial e desafios da agrosilvicultura na região NO do MT – Embrapa

11- Análise tecnico economica da cadeia da madeira na região NO do MT – IPAM

12- Análise preliminar das cadeias de produtos florestais não madeireiros na região NO do MT – Ecotoré

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