Alunos de escolas públicas de Cotriguaçu visitam o viveiro de mudas da Fazenda São Nicolau (Foto: Acervo ONF Brasil)

Alunos de escolas públicas de Cotriguaçu visitam o viveiro de mudas da Fazenda São Nicolau (Foto: Acervo ONF Brasil)

 

O Pequeno Príncipe, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, é livro de cabeceira de diferentes gerações e seus trechos são recorrentes nas mídias sociais. “O essencial é invisível aos olhos” é uma de suas frases mais marcantes, que inspirou o tema e uma dinâmica do Programa de Educação Ambiental (PEA) da ONF Brasil.

Essa dinâmica foi realizada com os colaboradores da Fazenda São Nicolau e com os alunos de escolas públicas e faculdades da região, sempre no início do dia, durante toda a semana. A proposta é relembrar elementos e serviços ofertados pela floresta que, apesar de serem praticamente invisíveis, estão presentes no dia a dia. A maioria é essencial para a vida na Terra, como a transformação do gás carbônico em oxigênio pelas árvores, a polinização realizada principalmente pelas abelhas, a decomposição da matéria orgânica pelos microrganismos, a regulação do clima, entre outros.

As atividades educativas aconteceram de 30 a outubro a 05 de novembro na Fazenda São Nicolau, que recebeu quatro escolas da região de Cotriguaçu, duas turmas de engenharia florestal da UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso) de Alta Floresta e visitou uma aldeia indígena Rikbaktsa. Contando com os colaboradores da fazenda, acolhidos para atividades em um dia exclusivo, foram 175 pessoas beneficiadas pelo PEA.

Entre as atividades da programação para os estudantes, estavam atividades práticas na roça agroflorestal, a apresentação da compostagem, do biofiltro, da trilha do Rio Juruena e da criação de abelhas sem ferrão. Essa última atividade virou um dos destaques para os diferentes públicos e somente foi possível aproveitando a expertise da equipe de educadores locais do PEA. O objetivo é potencializar a criação de abelhas sem ferrão, a meliponicultura.

Os visitantes puderam ver a caixa de abelhas aberta, revelando a estruturação da colônia com potes de mel, pólen, células de cria e própolis. Os colaboradores e os indígenas também participaram de uma oficina para montagem de isca para captura de colônia. O objetivo era facilitar a transferência do enxame para uma caixa racional, desenvolvida pelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), que favorece a extração do mel sem danificar as outras estruturas de criação.

A parceria com o Povo Rikbaktsa da Terra Indígena Escondido começou no ano passado, durante a edição anterior do PEA. O grupo mostrou o desejo de inserir o plantio de café e cacau na aldeia. Com o apoio da ONF Brasil, foi possível adaptar os plantios dessas culturas à roça tradicional da etnia. Eles aplicaram o consórcio de espécies e a adubação natural. O resultado foi a manutenção da produção de alimentos, possibilitando futuramente a geração de renda e fortalecendo o trabalho em mutirão que é uma das maiores riquezas dos povos da floresta. O plantio corresponde a uma unidade experimental com apenas 1000 m², mas que conta com 40 pés de banana, 100 de café, 15 de cupuaçu, 15 de cacau e quatro castanheiras.

E foram as espécies frutíferas que surpreenderam os estudantes participantes do PEA. Eles encontraram uma fartura da safra das árvores de Bacupari (Garcinia gardneriana) plantadas na sede da Fazenda e da colheita de cenouras na roça. Eles se deliciaram com as frutas e raizes após ajudarem no plantio da horta agroflorestal.

 

As verduras da horta agroflorestal fizeram a alegria das crianças (Foto: Acervo ONF Brasil)

As verduras da horta agroflorestal fizeram a alegria das crianças (Foto: Acervo ONF Brasil)

Turmas de faculdades da região também foram recebidas na Fazenda. Dois grupos de estudantes de engenharia florestal da UNEMAT de Alta Floresta estavam em aula de campo acompanhados do professor de ecologia e bacias hidrográficas Everton Miranda. Eles puderam aprender na prática os conceitos de sucessão ecológica aplicados à produção agrícola em sistemas agroflorestais. A equipe da São Nicolau mostrou e explicou aos estudantes o arranjo utilizado nos novos canteiros da horta local, utilizando os conhecimentos aprendidos durante o curso na Fazenda da Toca, interior de São Paulo. O policultivo – estimulado também pela colaboradora nordestina Dona Helena, que aprendeu com a necessidade a potencializar a produção por área – é a tônica da horta. O plantio associa berinjela com alface e rúcula, quiabo com couve, jiló com alface e couve e milho com vagem, implantados entre linhas de 12 metros de distância de bananeiras e árvores frutíferas.

Os colaboradores foram os protagonistas na criação da horta e, no dia reservado para essa equipe, as visitas e conversas procuraram compartilhar com todas as atividades recém-iniciadas. Durante a manhã, eles visitaram a área de manejo da Teca, discutindo detalhes da operação, impactos ambientais positivos, renda gerada e utilização futura da área. Durante a tarde, o foco foi o potencial turístico da Fazenda e os colaboradores passearam pela trilha e apreciaram a vista da torre de observação montada pela SouthWild.

Neste ano, a edição do PEA procurou ampliar a participação de atores locais na equipe de educadores. Entre os facilitadores, estavam o coordenador do programa de Integração Local, Saulo Thomas, a presidente da Associação de Coletores (as) de Castanha-do-Brasil do PA Juruena (ACCPAJ), Veridiana Vieira, a presidente da associações dos feirantes de Cotriguaçu e criadora de abelhas sem ferrão, Helena de Jesus, o criador de abelhas sem ferrão, artesão e fotógrafo de Juína, Lucas de Souza, e o colaborador da Fazenda, Francisco de Assis.

 

Veja outras imagens das atividades:

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Crianças se reúnem no viveiro municipal de Cotriguaçu para aprender sobre o cuidado com o meio ambiente (Foto: Felipe Alan/Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Cotriguaçu)

 

O evento, instituído no calendário oficial da cidade pela lei nº 970/2017, estimulou a união da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e das organizações que promovem a educação ambiental na região, como a ONF Brasil, o Instituto Centro de Vida (ICV), o Pacto das Águas e os técnicos da Secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA-MT). O tema principal escolhido para o evento foi a prevenção das queimadas, pois, no ano passado, Mato Grosso bateu recorde de focos de incêndios.

O objetivo da semana, que compreendeu o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), é envolver a comunidade na conservação do patrimônio natural de Cotriguaçu e uma das ações previstas é a entrega do Diploma do Mérito de Proteção à Natureza, concedido pelo Prefeito a pessoas que prestaram serviços relevantes para o meio ambiente.

A homenagem deste ano foi ao Seu Pedro, responsável por restaurar espontaneamente a beira do córrego que passa em frente da sua casa. O senhor cuida da regeneração de árvores nativas e planta o açaí como forma de conservar o meio ambiente local, quase no seu quintal. A entrega do diploma aconteceu na praça central de Cotriguaçu, durante a cerimônia de encerramento.

A programação da semana também contou com uma visita à Fazenda São Nicolau. Na quinta-feira (07/06), os alunos da Escola Estadual Sidney César. F., localizada no assentamento PA Juruena, passaram o dia na propriedade para uma vivência agroflorestal, conduzida pelo engenheiro florestal Saulo Magnani Thomas.

Ao total, participaram 4 professores e 40 estudantes das turmas do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio. A partir da sugestão da diretora de discutir a importância da água, o grupo passou a manhã visitando dois exemplos de Áreas de Preservação Permanente (APPs). A primeira APP degradada à beira de um córrego está em recuperação com o plantio recente de várias espécies pioneiras já se desenvolvendo. Nesse momento, os estudantes lembraram-se dos cursos de água dentro das propriedades onde vivem, no PA Juruena (44 córregos e 18 nascentes). A segunda APP protege o Rio Juruena e possui vegetação nativa da Floresta Amazônica preservada, característica das matas ciliares.

Da primeira APP para a segunda, as turmas pegaram um ônibus e fizeram uma trilha de 3 km. No caminho às margens do Rio Juruena, um grupo de estudantes seguiu acompanhado pela educadora ambiental e presidenta da Associação de Coletores de Castanha-do-Brasil do PA Juruena (ACCPAJ), Veridiana Vieira, com apoio dos professores. Foi a oportunidade para observar com atenção a fauna e a flora do local e conhecerem mais sobre o extrativismo da castanha.

O segundo grupo de estudantes passou pela trilha na companhia do Saulo e de colaboradores da São Nicolau, como o Seu Antônio e o Gilberto Araújo, coordenador de campo, que explicaram suas atividades do dia a dia para a restauração das APPs.

 

Estudantes da escola Sidney César conhecem a APP do Rio Juruena (Foto: Eliane/Sidney Cesar)

Estudantes da escola Sidney César conhecem a APP do Rio Juruena (Foto: Eliane/Sidney Cesar)

 

Pela tarde, os locais visitados foram escolhidos com o propósito de incentivar a utilização na área verde da escola e também de mostrar práticas sustentáveis para a geração de renda e alimentos. Os alunos visitaram, então, as estruturas para o tratamento biológico da água da cozinha e para a compostagem dos resíduos orgânicos, além da roça agroflorestal. Atualmente a roça produz alimentos para a fazenda, como bananas, laranja, milho, melancia, hortaliças e legumes. Os plantios do Projeto Poço de Carbono Florestal (PPCFPO) e o sombreamento do cultivo de café agroflorestal também foram alvo do interesse dos alunos e das explicações do Seu Antônio, colaborador da Fazenda.

A Semana Municipal do Meio Ambiente organizou essas e outras atividades simultâneas em todo o município, como vivências no viveiro municipal, palestras nas escolas, plantios em APPs urbana, apresentações culturais e de poesias e feira de produtos da sociobiodiversidade. Os recursos arrecadados com a venda de pastéis na feira da sociobiodiversidade foram doados para a associação Pestalozzi do município, entidade que apoia pessoas com deficiências e que estimulou a participação do grupo em atividades sensoriais no viveiro de Cotriguaçu.

Todos os envolvidos ficaram muito felizes com a grande mobilização e participação no surpreendente número de atividades propostas. Os próximos passos dos parceiros estão previstos para o período chuvoso, com atividades concretas de plantio em áreas públicas e nas escolas. Para o conselho, fica a tarefa de elaborar uma proposta para encaminhar à Câmara Municipal de Vereadores, de forma a destinar recursos para os eventos seguintes.

 

Roça Agroflorestal preparada para plantio (Foto: Emily Martello/ ONF Brasil).

Roça Agroflorestal preparada para plantio (Foto: Emily Martello/ ONF Brasil).

O plano de estágio do Programa de Integração Local da ONF Brasil desenvolveu uma série de atividades para fortalecer o trabalho de produção de alimentos na Fazenda São Nicolau. Saulo Thomas, engenheiro florestal do Programa, conta que a principal contribuição do estágio é a sistematização das informações sobre a produção de alimentos pelo Sistema Agroflorestal (SAF), em fase de execução. O SAF, conhecido na fazenda como Roça Agroflorestal, pretende suprir a demanda mensal da cozinha com frutas e vegetais diversificados e orgânicos, garantindo uma produção contínua de baixo custo. A perspectiva é que os produtos cultivados também possam ser distribuídos para os colaboradores da Fazenda.

A estagiária colabora também na produção do viveiro, com a elaboração de um calendário de coleta de sementes. Esse trabalho considera as espécies nativas da região utilizadas na recuperação das APPs (Áreas de Proteção Permanente) e seus períodos de floração e frutificação. As ações podem consolidar a formação de coletores organizados e também resultar na implantação de uma horta de temperos.

Além de participar das atividades na Fazenda, a estagiária atua na integração com os produtores locais de café e com os parceiros do Projeto de Assentamento Juruena, oferecendo suporte técnico— como a interpretação de análise de solo, por exemplo. O acompanhamento das ações do Projeto de Reflorestamento Afirmativo da Promotoria de Justiça de Cotriguaçu (MT), que conta com a parceria da ONF Brasil, também integra o plano de estágio.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estagiária Emily Martello se baseia na caracterização do SAF do agricultor Roberto Stofell, nas percepções das famílias sobre o sistema e no levantamento de dados dendrométricos. A pesquisa da estagiária pretende assegurar a continuidade do estudo iniciado por outros pesquisadores. O levantamento, por exemplo, pode ajudar no manejo das espécies florestais do SAF e na introdução de espécies frutíferas, como o café e o cacau, que se adaptam ao sombreamento intermediário. Todas essas atividades consolidam o trabalho de reflorestamento e boas práticas na Fazenda São Nicolau e na região, propondo modelos sustentáveis para outros produtores do Noroeste de Mato Grosso e ofertando comida saudável para o refeitório da Fazenda.

Veja mais fotos da ONF Brasil:

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Entre 31 de maio e 13 de junho, evento da ONF Brasil ofereceu atividades educativas para colaboradores da Fazenda São Nicolau, coletores de castanha-do-Brasil, alunos das escolas da região e adolescentes do programa 10x Amazônia.

 

O evento realizou atividades como a poda de árvores frutíferas e a distribuição de mudas (Foto: Iris Parrot/ ONF Brasil)

O evento realizou atividades como a poda de árvores frutíferas e a distribuição de mudas (Foto: Iris Parrot/ ONF Brasil)

O Programa de Educação Ambiental (PEA) da ONF Brasil destinou, em sua 15ª edição, parte da programação para a realização de atividades com os colaboradores da Fazenda São Nicolau (Cotriguaçu, MT). Os participantes aprenderem mais sobre a poda de plantas frutíferas e discutiram os riscos e as consequências do uso de agrotóxicos no cultivo de alimentos. Uma rodada de filmes sobre a produção agroecológica auxiliou no debate, que contemplou os problemas de saúde relativos ao uso de pesticidas. Foram exibidos os filmes “Nuvens de veneno”, “O veneno está na mesa” e “Vida em Sintropia”.

O interesse dos colaboradores pelo tema está ligado aos trabalhos exercidos anteriormente, com produtores que optavam pelo uso de agrotóxicos. Além disso, recentemente, a Fazenda São Nicolau retomou o plantio de produtos para consumo próprio e a experiência mostra, na prática diária, o funcionamento de técnicas alternativas para a produção de alimentos.

Outra atividade educativa foi a oficina de Mapeamento de Castanhais. A Associação de Coletores de Castanha-do-Brasil do Projeto de Assentamento (PA) Juruena participou da formação sobre a localização dessas árvores na floresta, com o auxílio de GPS para dispositivos móveis.  Foi possível realizar uma estimativa da produção regional do fruto da castanheira e ampliar o conhecimento dos extrativistas sobre geolocalização. Os coletores levaram suas famílias para visitar a Fazenda e desfrutar momentos de lazer.

Além da participação de alunos das escolas de Cotriguaçu, o PEA de 2017 também recebeu adolescentes do projeto 10 x vezes mais Amazônia, iniciativa da Promotoria Pública de Justiça de Mato Grosso para promover a educação e a reparação de danos ambientais. O evento despertou o interesse dos jovens pelo desenvolvimento sustentável e revelou a importância de se investir na educação ambiental desde a tenra idade.

Neste ano, foram distribuídas para os participantes mais de 250 mudas de espécies frutíferas e florestais, como jambo, cupuaçu, jenipapo, cajá e ipê. Durante os quase 15 dias de programação, os profissionais da Fazenda ofereceram orientação sobre os cuidados necessários com as plantas, desde o plantio até o descarte correto dos sacos plásticos que armazenavam as mudas.

 

Veja mais fotos da Iris Parrot (ONF Brasil):

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Os adolescentes plantam mudas em uma APP degradada (Foto: Acervo da ONF Brasil)

Em dezembro, três turmas da Escola Estadual Sidney Cesar Führ de Cotriguaçu (MT) fizeram uma trilha em região preservada às margens do rio Juruena. O objetivo era apresentar o conceito de Área de Preservação Permanente (APP). Segundo o Código Florestal (lei 12.651/2012), a APP tem a função de proteger os recursos hídricos, como também a biodiversidade da fauna e flora, o solo e as populações humanas.

Após a trilha, os estudantes visitaram o viveiro das mudas utilizadas para a recuperação das áreas degradadas. Em 2016, 16 mil mudas – necessárias para 12 hectares de reflorestamento – foram produzidas na Fazenda São Nicolau.

As atividades finalizaram com a visita a uma APP degradada e os alunos ajudaram no plantio para a recuperação do local. O momento serviu como continuidade das ações do Programa de Educação Ambiental da ONF Brasil.

 

O Programa de Educação Ambiental (PEA) da ONF Brasil envolveu 825 participantes de comunidades locais em atividades de conscientização durante o mês de setembro. A interação social e a divulgação do conhecimento científico gerado na Fazenda São Nicolau (Cotriguaçu, MT) são o objetivo do evento anual, que existe desde 2002. A iniciativa de 2016 se voltou para as escolas rurais, atendendo estudantes, professores, profissionais da saúde e agricultores.

O tema central da sensibilização foi a prevenção das queimadas. A equipe multidisciplinar – formada por engenheiros de produção e florestal, fotógrafo, agricultora, pedagoga e atrizes – abordou questões como as práticas agroecológicas e agroflorestais, ferramentas alternativas ao uso do fogo, técnicas de plantio e combate ao desmatamento. Além das escolas de Cotriguaçu, participaram das atividades estudantes de Japuranã (distrito de Nova Bandeirante) e agricultores da comunidade Santa Clara e Nova União (Cotriguaçu).

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Peça teatral resgata a cultura popular (Foto: Henrique Santian)

A equipe do programa trouxe novidades para a edição deste ano com a peça de teatro “A Benzeção da Terra” e a oficina de fotografia “Olhares perceptivos, a fotografia como ferramenta da educação Ambiental”. A Companhia Alegrís apresentou três vezes a peça interativa, que resgata brincadeiras e saberes populares, convidando o público a plantar um canteiro agroflorestal tendo pessoas representando as plantas. Por sua vez, a oficina de fotografia com o Henrique Santian reuniu 34 participantes em duas turmas nas escolas do centro de Cotriguaçu.

A Fazenda Nicolau recebeu quase 100 participantes – entre estudantes, profissionais da educação e saúde – para trilhas sensoriais, atividades de fotografia, visita à Área de Preservação Permanente do rio Juruena, ao viveiro e à composteira. Também houve o plantio de um canteiro agroflorestal de 12 metros com mais de 50 espécies de plantas. Ao total os canteiros da São Nicolau e das escolas compreenderem 80 m² (ou 80 m x 1 m).

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Crianças participam de trilha sensorial na Fazenda São Nicolau (Foto: Henrique Santian)

A metodologia do Programa de Educação Ambiental estimula a voz ativa das crianças e participantes, buscando os conhecimentos cotidianos que resultam da experiência diária dos seres humanos. Segundo a coordenadora do PEA, Lótus Reuben, “houve um rico intercâmbio Intergeracional, possibilitando a interação de jovens e crianças com as pessoas mais experientes, que conhecem muito sobre a floresta. Povos que, por meio do trabalho com produtos da sociobiodiversidade, preservam e valorizam os produtos da floresta”. Durante a programação os profissionais da equipe consideram todos como aprendizes e mestres, valorizando a educação democrática, os pensamentos de Paulo Freire e os princípios da Antroposofia, método holístico que reúne o conhecimento científico e a arte.